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Eletrônicos
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Por , para o TechTudo

Os apagões são relativamente comuns durante final do ano por conta do aumento das chuvas intensas que, geralmente, afetam diretamente a rede elétrica das cidades. Contudo, outros fatores também contribuem para gerar queda de eletricidade, como a alta demanda de energia durante as ondas de calor, acidentes que danifiquem linhas de transmissão ou até atos de vandalismo, como roubo de fiação.

Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia explicando em detalhes o que configura um apagão, suas principais causas e riscos, além de dicas de como, pelo menos, mitigar danos — já que a prevenção é uma questão de investimento em infraestrutura por parte dos governos municipais e concessionárias.

Apagão falta luz sem energia vela — Foto: Reprodução/Unsplash/Claudia Ramírez
Apagão falta luz sem energia vela — Foto: Reprodução/Unsplash/Claudia Ramírez

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Nesta matéria iremos cobrir os seguintes tópicos:

  • O que é um apagão
  • Causas comuns de um apagão
  • Apagões são perigosos?
  • Dicas que podem te ajudar em um apagão
  • 1. Tenha carregadores portáteis
  • 2. Utilize filtros de linha de qualidade e nobreaks
  • 3. Não abra sua geladeira
  • 4. Desconecte aparelhos da tomada
  • 5. Cuidado com as velas
  • 6. Contate a sua provedora de energia
  • O que fazer depois de um apagão

O que é um apagão

Os apagões, ou blecautes, são interrupções repentinas e generalizadas do abastecimento de energia elétrica para uma região. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para ser considerada um apagão, a falta de luz precisa afetar um número elevado de consumidores — embora a quantidade exata não seja especificada. Geralmente, esse problema ocorre por falhas nas linhas de transmissão, subestações ou outras partes essenciais da rede elétrica de abastecimento, e as causas dessas falhas são as mais diversas.

Como o sistema de distribuição de energia no Brasil é praticamente todo privatizado, cabe a cada concessionária realizar os investimentos e manutenções para garantir tanto que os apagões ocorram apenas em situações inesperadas, e para que os serviços sejam restabelecidos rapidamente. Sendo assim, é responsabilidade da ANEEL fiscalizar as usinas que geram energia no país, as redes de distribuição e todas as operadoras, última etapa para levar eletricidade às residências dos consumidores.

Paulistanos podem pedir indenização por danos causados em apagão; entenda — Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Paulistanos podem pedir indenização por danos causados em apagão; entenda — Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Causas comuns de um apagão

Um dos maiores problemas que levam aos apagões recorrentes nas grandes cidades brasileiras está na própria estrutura de transmissão em centros urbanos, que depende majoritariamente de cabos aéreos, mais sujeitos a danos por fatores externos. Um acidente de trânsito, por exemplo, pode ser mais que suficiente para comprometer o abastecimento de eletricidade de uma região. Dessa forma, as operadoras de eletricidade instalam diversas subestações de distribuição ao redor das áreas mais populosas, garantindo que o número de bairros alimentados por uma única rede seja reduzido.

O problema é que, dependendo de como estiverem distribuídas as linhas de transmissão, uma falha em uma única subestação pode afetar milhões de pessoas. Um episódio famoso foi o apagão que ocorreu em 1999, quando uma subestação de Bauru, no interior de São Paulo, foi atingida por uma forte tempestade, e comprometeu o abastecimento de energia de 60% da população brasileira, afetando 10 estados do país.

Outro problema que pode causar quedas de energia é a sobrecarga da rede por conta da alta demanda, especialmente agora que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes e a população está investindo mais em sistemas de ar-condicionado.

Os ‘vilões’ da luz: veja o que mais gasta energia e como economizar

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De maneira geral, usinas de grande porte, como a de Itaipu, costumam operar com geração excedente de eletricidade, injetando na rede o volume necessário de megawatts e vendendo o restante para países vizinhos. Contudo, se o consumo sobe muito em um curto espaço de tempo, dependendo da quantidade de energia gerada no período, ela já não atende a demanda, gerando racionamento e quedas mais constantes. Se ainda somarmos a este cenário uma eventual queda na produção por conta de níveis baixos nas bacias que abastassem as usinas hidrelétricas, o risco de apagões é ainda maior.

Apagões são perigosos?

Apagões são, sim, perigosos e em diversos sentidos, a começar por comprometer direta e indiretamente o funcionamento de diversos serviços básicos, como controle de tráfego com semáforos apagados, equipamentos médicos, e sistemas de segurança como alarmes e câmeras de segurança.

A simples ausência de iluminação aumenta o risco de acidentes de trânsito, assaltos e outros crimes, além do risco de acidentes domésticos. Por mais que muitos serviços, principalmente hospitais grandes, contem com geradores de emergência, isso nem sempre é uma verdade para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), por exemplo.

Apenas em 2023 foi sancionada uma lei na cidade de São Paulo que prevê a implementação de fontes alternativas de energia em UBS, e por ser algo relativamente recente, é natural que muitos locais ainda não tenham recebido geradores. Vale lembrar também que se trata de uma lei municipal, sendo preciso verificar as normas do seu município e cobrar vereadores ou istrações locais para que medidas similares sejam implementadas - e cumpridas - também em outras cidades.

Usina Hidrelétrica Binacional de Iatipu — Foto: Divulgação/Itaipu Binacional
Usina Hidrelétrica Binacional de Iatipu — Foto: Divulgação/Itaipu Binacional

As quedas de energia em si também são problemáticas por causarem variações súbitas de tensão na rede elétrica, principalmente dependendo da causa do apagão. Em geral, as concessionárias até dispõem de diversas estratégias para evitar os picos de tensão na operação normal e nos momentos de retorno de energia após apagões, como transformadores de proteção, disjuntores, para raios, e outras proteções distribuídas ao longo da rede de transmissão.

No entanto, dependendo da instalação de entrada da rede doméstica, desde a escolha do cabeamento, disjuntores e até um dimensionamento inadequado da quantidade de tomadas por disjuntor individual, o retorno da energia pode sobrecarregar a rede, queimar aparelhos e até causar curtos que podem resultar em focos de incêndio. Além disso, a ausência de eletricidade por períodos prolongados implica que as geladeiras ficarão desligadas, potencialmente permitindo que alimentos e até medicamentos estraguem, causando prejuízos ainda maiores.

Dicas que podem te ajudar em um apagão

Do lado do consumidor, não há muito que se fazer para prevenir apagões, além de cobrar órgãos oficiais e concessionárias. No entanto, algumas dicas podem minimizar os impactos dos apagões, pelo menos no curto prazo:

1. Tenha carregadores portáteis

Os powerbanks são extremamente úteis, principalmente para conseguir prolongar a carga de celulares para acionar serviços de emergência durante apagões. Tenha pelo menos um sempre de fácil o e verifique regularmente se ele está carregado. Um modelo relativamente barato de 10.000 mAh é suficiente para aproximadamente duas cargas completas (de 0% a 100%) na maioria dos smartphones recentes.

Uma alternativa é também ter adaptadores de qualidade para carregamento no carro ou até inversores de tensão, mas lembrando sempre que o veículo precisa ficar ligado para não descarregar sua própria bateria.

É possível encontrar power bank a partir de R$ 99,90 no varejo online - Foto: Elson de Souza/TechTudo — Foto: Reprodução
É possível encontrar power bank a partir de R$ 99,90 no varejo online - Foto: Elson de Souza/TechTudo — Foto: Reprodução

2. Utilize filtros de linha de qualidade e nobreaks

Como mencionado anteriormente, tanto a queda quanto o retorno de energia nas redes domésticas causam variações muito rápidas na tensão de entrada, e podem danificar aparelhos. Sendo assim, nunca ligue aparelhos eletrônicos diretamente à tomada, utilizando filtros de linha de qualidade sempre que possível, principalmente em computadores, televisões, videogames e até geladeiras. Uma das perguntas do questionário das equipes de concessionárias para ressarcimento de danos por quedas de energia é se os equipamentos danificados estavam conectados a filtros de linha ou nobreaks, e caso não estivessem, a operadora se considera no direito de indeferir a solicitação.

Além da bitola (circunferência) do cabo de energia do filtro de linha, modelos com fusível costumam ser um bom indicativo de qualidade, e marcas como Clamper, Intelbras e Emplac tem boas opções a preços que costumam justificar o investimento. Para quem trabalha em casa, ter ao menos um nobreak para conectar o computador, modem e roteador é bastante recomendado. O equipamento não irá garantir horas de operação para continuar trabalhando normalmente, mas ao menos possibilita salvar arquivos importantes e desligar o PC com segurança.

Filtro de linha Intelbras EWS 305 — Foto: Divulgação/Intelbras
Filtro de linha Intelbras EWS 305 — Foto: Divulgação/Intelbras

3. Não abra sua geladeira

Essencialmente, as geladeiras refrigeram o ar dos compartimentos internos para preservar alimentos, mas para serem energeticamente eficientes precisam garantir que esse espaço seja isolado termicamente. Dessa forma, ela evita a troca de calor com o meio externo e reduz sua carga total de trabalho. No entanto, ao ser desligada por qualquer motivo, a tendência é que a temperatura suba para atingir equilíbrio térmico. Mesmo com a vedação, esse processo é inevitável, porém não abrir a geladeira desacelera o aquecimento.

Em alguns casos será preciso abrir a porta para retirar algum alimento ou bebida, mas evite fazê-lo com frequência. Ao invés diss, retire de uma vez só tudo que será consumido, e, em seguida, certifique-se de que a geladeira está bem fechada.

Como manter a geladeira limpa e organizada? Veja as dicas para cuidar do aparelho — Foto: Reprodução/Freepik
Como manter a geladeira limpa e organizada? Veja as dicas para cuidar do aparelho — Foto: Reprodução/Freepik

4. Desconecte aparelhos da tomada

Quando ocorrer um apagão, desligue todos os equipamentos da tomada e só os conecte novamente quando a energia voltar em todas as fases da instalação e estiver estável, sem quedas ou falhas. Isso vale inclusive para os nobreaks, já que o retorno de energia pode superar sua tensão de entrada e danificar a placa.

Nesse caso, assim que o dispositivo acionar a bateria, já remova ele da tomada, finalize o que precisar ser finalizado e desligue o equipamento. Para quem tiver bons filtros de linha, desativar apenas o disjuntor pode ser o suficiente, caso a tomada esteja inível atrás de um ou geladeira, mas também remova-o completamente da tomada sempre que possível.

5. Cuidado com as velas

Utilizar velas para iluminar um cômodo até que a energia volte pode ser uma boa solução para preservar a bateria de celulares, mesmo quando houver um power bank por perto. No entanto, nunca posicione a vela diretamente sobre móveis ou próximas a materiais inflamáveis, como cortinas, tapetes, roupas, papeis e produtos de limpeza.

Caso elas caiam por qualquer motivo, os riscos de incêndio são altos, e durante os apagões muitos serviços de emergência já estão em atendimento, aumentando consideravelmente o tempo de resposta das equipes do corpo de bombeiros. Sempre que for utilizar velas, certifique-se que elas estejam bem fixadas em recipientes de vidro ou cerâmica, se possível mais fundos, como canecas, e nunca deixa velas acesas em cômodos vazios.

6. Contate a sua provedora de energia

Sempre que ocorrer um apagão, entre em contato diretamente com sua concessionária de energia pelos canais oficiais escritos, como site, e-mail, atendimento oficial por WhatsApp - quando houver - e aplicativo. Uma das formas que a ANEEL utiliza para fiscalizar a qualidade do serviço das operadoras é o indicador de protocolos de serviço abertos pelos usuários, e quanto mais protocolos houver, mais registros a ANEEL terá de eventuais não-cumprimento de contratos por parte das concessionárias.

É importante que todas as informações sobre restabelecimento de energia e eventuais ressarcimentos de danos sejam registrados por escrito. Apesar de ser possível solicitar a gravação das chamadas de atendimento utilizando o protocolo informado durante o autoatendimento, este processo pode ser demorado, dificultando abrir processos legais quando houver a necessidade.

Se a sua região for afetada por quedas de energia com frequência, registre também reclamações na própria ouvidoria da ANEEL antes de acionar a operadora, e faça a reclamação nos canais da concessionária já com o protocolo obtido na ouvidoria. Por mais que se tratem de empresas privatizadas, elas precisam cumprir clausulas contratuais para continuar atuando em uma região, caso contrário podem ser multadas e até perder a licença de operação.

O que fazer depois de um apagão

Após o restabelecimento da energia, é preciso estar atento a algumas medidas importantes, principalmente quando os apagões são muito longos. A primeira delas é checar se todos os disjuntores e a chave geral da casa estão acionados, já que os picos de tensão podem desarmar disjuntores, principalmente os com equipamentos mais potentes ligados durante a queda — como de chuveiros ou ar-condicionado.

Em seguida, é preciso verificar na geladeira e freezer por alimentos que possam ter estragado durante o blecaute, e descartá-los para evitar que eles contaminem outros itens armazenados. Isso também vale para medicamentos que precisam ser condicionados em baixas temperaturas, que devem ter sua embalagem guardada sempre que possível. Isso porque, desde que você tenha todos os registros de reclamação por falta de energia nos canais oficiais da operadora, bem como protocolos de reclamação junto à ANEEL, é possível acionar legalmente a empresa de energia, já que muitos desses medicamentos são caros, urgentes e vendidos apenas mediante receita.

Além disso, reconecte os equipamentos eletrônicos e verifique se todos estão funcionando normalmente, e caso algum deles apresente defeitos, acione imediatamente o serviço de ressarcimento da operadora de energia.

Os contratos de reembolso por danos elétricos variam conforme a concessionária e município, mas de maneira geral eles exigem que uma equipe própria realize a perícia dos aparelhos danificados antes de liberar o reembolso ou autorização de reparo. Sendo assim, caso o usuário já tenha realizado uma troca de motor de geladeira por conta própria, por exemplo, a empresa de energia não tem como garantir que o aparelho já não estivesse queimado antes, e irá negar o pedido de ressarcimento.

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