Ar-condicionado pode queimar no calor? O que fazer para evitar
Neste guia, o TechTudo traz quatro dicas valiosas para evitar que o dispositivo superaqueça, principal motivo responsável pela queima de ar-condicionados no calor
O uso intenso do ar-condicionado durante os dias mais quentes do ano levanta dúvidas se o aparelho pode queimar no calor. Embora esse risco exista, o principal responsável por danos é o superaquecimento causado pelo excesso de trabalho do equipamento, muitas vezes associado à falta de manutenção adequada ou valor incompatível das BTUs com relação ao tamanho do cômodo.
Ou seja, não é apenas o calor do ambiente que sobrecarrega o ar-condicionado, mas sim uma combinação de fatores como sujeira, vazamentos e uso prolongado em condições desfavoráveis. Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia para esclarecer dúvidas sobre o assunto, além de trazer dicas do que evitar.

Veja os tópicos que serão abordados na matéria:
- O calor pode deixar o ar-condicionado queimado?
- Quais são as consequências?
- O que fazer para evitar?
- Errar os BTUs pode fazer meu ar-condicionado queimar?
O calor pode deixar o ar-condicionado queimado?
O maior vilão, na verdade, é o superaquecimento do aparelho, que acontece quando o ar-condicionado é forçado a trabalhar além de seus limites. Em períodos de calor extremo, a tendência é manter o aparelho ligado por longas horas e em temperaturas muito baixas, o que eleva a carga de trabalho sobre os componentes internos.
Porém, se o usuário não se atenta à manutenção e deixa filtros sujos ou peças desgastadas, esse esforço adicional pode acabar resultando em danos sérios. Sem a dissipação adequada de calor ou ventilação adequada, a temperatura interna do dispositivo sobe rapidamente, favorecendo o risco de queima de partes cruciais.
Vale ressaltar que esse problema não se restringe exclusivamente ao verão. A negligência na limpeza e manutenção pode gerar sobrecarga em qualquer época do ano. Portanto, mesmo em climas moderados, um ar-condicionado sem cuidados de rotina corre o risco de superaquecimento. O ponto-chave é que, quando a temperatura externa é alta, a margem de erro diminui bastante, pois o aparelho já está enfrentando circunstâncias mais severas para cumprir sua função de refrigeração.

Quais são as consequências?
Quando um ar-condicionado sofre superaquecimento, diversas peças e componentes podem ser afetados, como o compressor, os ventiladores e as placas eletrônicas. Em casos mais graves, o usuário pode ter de encarar a substituição do aparelho inteiro se o dano for irreversível.
Além disso, ficar sem o ar-condicionado no ápice do calor é uma experiência desagradável, pois a sensação de bem-estar e produtividade caem drasticamente. Inclusive, isso torna urgente a busca por conserto ou compra de um novo equipamento — algo que poderia ser evitado.
Outro ponto importante é que, mesmo que o aparelho continue funcionando parcialmente, pode ocorrer perda de eficiência. Isso significa gastos elevados de energia, pois o ar-condicionado tende a consumir mais eletricidade para compensar o mau desempenho de suas peças internas.
Há ainda o risco de incêndio em casos extremos de superaquecimento, embora seja menos frequente em aparelhos domésticos modernos. De qualquer forma, negligenciar esses sinais pode acarretar prejuízos financeiros consideráveis e até colocar a segurança em risco.

O que fazer para evitar?
Uma das melhores formas de prevenir o superaquecimento e possíveis danos é manter uma rotina de limpeza. Filtros entupidos dificultam a agem de ar, fazendo com que o aparelho trabalhe em esforço máximo.
Portanto, realizar uma higienização semanal, quinzenal ou mensal — conforme indicação do fabricante e intensidade de uso —, é fundamental para evitar problemas futuros. Essa limpeza também se estende à parte externa do dispositivo, garantindo que não haja folhas, poeira ou objetos bloqueando a circulação ao redor do condensador.
Outro ponto crucial é verificar regularmente se não há vazamentos de líquido refrigerante, já que um nível inadequado de fluido faz o equipamento trabalhar sem eficiência, gerando calor excessivo. Ajustar a temperatura de forma consciente também ajuda o aparelho a reduzir a carga de trabalho, pois evita manter o aparelho em níveis muito baixos por longos períodos.
Além disso, não deixe portas e janelas abertas enquanto o aparelho estiver ligado, pois isso exige mais esforço de refrigeração. Essas pequenas atitudes podem somar bastante na longevidade do equipamento e diminuir as chances de superaquecimento.
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Errar os BTUs pode fazer meu ar-condicionado queimar?
Escolher o número errado de BTUs pode aumentar as chances do seu ar-condicionado queimar — e esse não é um detalhe a ser subestimado. Muitas pessoas tendem a comprar seu aparelho baseado no preço, pois os mais baratos são os com menos BTUs. Porém, ao instalar um aparelho incompatível com a área de uso, você pode sofrer com subdimensionamento ou superdimensionamento.
No primeiro caso, o aparelho fica em funcionamento contínuo para tentar atingir a temperatura desejada, elevando o risco de aquecimento excessivo. Já no segundo caso, ciclos frequentes de liga e desliga podem sobrecarregar componentes internos, o que também contribui para o desgaste prematuro.
É fundamental avaliar o ambiente a ser refrigerado, considerando aspectos como quantidade de pessoas, incidência de sol e tamanho do espaço. Um cálculo incorreto de BTUs aumenta o risco de queima e a necessidade de reparos mais cedo do que o previsto. Antes de comprar, pesquise, consulte especialistas ou use calculadoras de BTUs disponíveis online. Dessa forma, você adquire um aparelho compatível com suas necessidades, prolongando a vida útil e reduzindo os custos de manutenção.

Com informações de Confort Specialist, House Fix Master, House and Home online e Superior HVAC
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