Como a frente fria afeta seus eletrônicos? Veja cuidados e dicas de segurança
Celular que desliga do nada? Notebook mais lento do que o normal? Isso pode ser culpa do frio; veja o que muda no comportamento dos aparelhos com a queda nas temperaturas e saiba como se proteger
Quando as temperaturas caem de forma repentina, como costuma acontecer durante frentes frias, não são apenas as roupas que precisam mudar. Celulares, notebooks, TVs e outros dispositivos eletrônicos também sentem o impacto do clima. Em alguns casos, o frio pode provocar desde lentidão no funcionamento até falhas mais sérias, como trincas em telas e descarregamento repentino de bateria.
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Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), cidades como São Paulo e Curitiba registraram temperaturas próximas de 7 °C em maio de 2025. Esse tipo de condição já é suficiente para interferir no desempenho de componentes internos sensíveis, como baterias, placas e circuitos. A boa notícia é que, com alguns cuidados simples, dá para evitar boa parte dos problemas. Para ajudar você a proteger seus aparelhos nesse período, o TechTudo preparou uma lista com orientações práticas. A seguir, veja o que muda no funcionamento dos eletrônicos durante o frio e como evitar prejuízos.

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O que é uma frente fria?
Antes de tudo, vale entender do que estamos falando. A frente fria é o encontro entre uma massa de ar frio e outra de ar mais quente. Esse fenômeno muda o tempo de forma rápida: a temperatura despenca, a umidade sobe e, muitas vezes, a chuva aparece. No Brasil, esse tipo de virada no clima acontece com frequência entre abril e agosto.
E por que isso afeta os eletrônicos? Simples: todo aparelho tem uma faixa de temperatura ideal para funcionar. Quando a temperatura externa cai muito, os componentes internos precisam “trabalhar mais” para manter o desempenho, e nem sempre conseguem dar conta.
Como o frio afeta os eletrônicos?
A maioria dos dispositivos que usamos no dia a dia, como celulares, tablets e computadores, foi pensada para funcionar em uma temperatura ideal, especificado no manual de cada aparelho. Fora desse intervalo, a tendência é que alguns componentes se comportem de maneira instável ou mais lenta.
Placas, processadores, baterias e até os botões podem ficar mais sensíveis. No frio, certos materiais perdem flexibilidade e os circuitos eletrônicos podem reagir de forma inesperada. Isso significa que, ao ligar o aparelho, você pode notar travamentos, lentidão ou falhas de resposta na tela.
Queda de desempenho de baterias
Se o seu celular começou a descarregar rápido demais ou desligou sozinho no meio de uma conversa, o frio pode ser o vilão. Isso acontece porque as baterias de íon-lítio, presentes na maioria dos dispositivos móveis, perdem eficiência em temperaturas baixas.

No frio, a reação química que gera energia dentro da bateria desacelera. O aparelho consome mais energia para se manter ligado e, em alguns casos, até se recusa a carregar. Por isso, o ideal é não usar o celular ou notebook em ambientes gelados por muito tempo e, principalmente, esperar ele “esquentar” um pouco antes de conectar ao carregador.
Condensação de umidade ao sair do ambiente frio para o quente
Sabe quando os vidros do carro embaçam ao sair do frio e entrar no calor? Algo parecido pode acontecer dentro do seu eletrônico. Ao mudar bruscamente de ambiente, a umidade do ar pode se condensar nas partes internas do aparelho e formar pequenas gotículas de água.
Mesmo invisível, essa umidade pode causar curtos e corroer componentes internos. Para evitar isso, o ideal é esperar alguns minutos antes de ligar o aparelho assim que você sair do frio. Deixar o celular ou notebook em repouso, desligado, já ajuda a evitar surpresas desagradáveis.
Risco de trincas em telas LCD e OLED
Telas de celular, monitor e televisão parecem resistentes, mas no frio se tornam mais frágeis. Isso porque o vidro e os materiais usados nas telas ficam mais rígidos e menos flexíveis quando a temperatura cai.

Um simples esbarrão ou até mesmo um leve aperto no bolso pode causar trincas em dias muito frios. Também não é raro notar distorções, manchas ou resposta lenta ao toque. A boa notícia é que esses efeitos, na maioria das vezes, desaparecem assim que o aparelho volta a uma temperatura mais estável.
Rigidez de cabos e conectores
Os cabos que usamos no dia a dia, como carregadores e fones, também sofrem com o frio. O plástico que reveste esses cabos pode endurecer e rachar, especialmente se for dobrado ou enrolado com força. Por isso, eles podem diminuir a flexibilidade que tinham antes.
Além disso, os conectores metálicos podem encolher um pouco, o que aumenta o risco de mau contato ou desconexão repentina. Para evitar dor de cabeça, o ideal é guardar os cabos com cuidado e evitar deixá-los ao relento ou em locais muito frios, como porta-luvas de carro.
Quais aparelhos sofrem mais com o frio?
Aparelhos portáteis são os mais vulneráveis. Como estão sempre em movimento, do bolso para a rua, da rua para o carro, do carro para o escritório, celulares, notebooks e smartwatches am por mudanças constantes de temperatura. Isso faz com que eles fiquem mais suscetíveis a falhas, principalmente nas baterias e nas telas.

Já os aparelhos que ficam do lado de fora de casa, como caixas de som em áreas externas e TVs instaladas em varandas, também precisam de atenção. Mesmo sem uso direto, a exposição prolongada ao frio pode reduzir a vida útil desses equipamentos.
Cuidados e dicas de segurança
Proteger seus eletrônicos no frio não exige grandes esforços. Comece evitando o uso por longos períodos em ambientes muito gelados. Se for sair com o celular, por exemplo, tente mantê-lo no bolso da calça ou em uma bolsa mais protegida, de preferência com algum isolamento térmico.
Outro cuidado importante é não carregar o aparelho assim que chegar de um lugar frio. Espere alguns minutos até ele se adaptar à temperatura do ambiente. Também é bom manusear cabos e carregadores com mais delicadeza, evitando dobras muito bruscas ou enrolar com força.
O que fazer se o eletrônico apresentar problema após o frio?
Se o aparelho começar a apresentar falhas após uma exposição ao frio, o primeiro o é desligar e deixar ele “descansar”. Muitas vezes, só de voltar à temperatura ambiente, o sistema volta a funcionar normalmente.
Agora, se o problema persistir ou se houver sinais de umidade, o mais seguro é procurar uma assistência técnica autorizada. Nada de tentar abrir o aparelho por conta própria. Um técnico pode avaliar a origem do defeito e fazer os reparos certos, sem aumentar o estrago.
Com informações de Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Proactive Tech Group e Thomas Edison Electric
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