Quer um ar-condicionado portátil? 6 coisas que você precisa saber antes
Modelos de ar-condicionado portáteis oferecem a possibilidade de serem levados de um cômodo a outro da casa sem maiores dificuldades; conheça prós e contras do aparelho
Sistemas de ar-condicionado portáteis ganharam cada vez mais espaço no mercado brasileiro. No entanto, muitos consumidores ainda têm dúvida a respeito dos benefícios e limitações que envolvem o seu uso. Como principal característica, o equipamento oferece a possibilidade de ser levado de um cômodo a outro da casa sem maiores dificuldades.
Em muitos aspectos, o ar-condicionado portátil se contrapõe a outros condicionadores de ar mais tradicionais. Por exemplo, ao contrário do que acontece com modelos split e janela, a sua instalação é simplificada, podendo ser feita pelo próprio usuário. Confira a seguir seis coisas que você precisa saber antes de comprar um ar-condicionado portátil.

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Veja os tópicos que serão abordados na matéria:
- Como funciona um ar-condicionado portátil
- Sua instalação é mais fácil
- São ideais para cômodos menores
- São mais baratos, mas gastam mais energia
- Podem fazer barulho
- Saiba calcular BTUs
1. Como funciona um ar-condicionado portátil
Um ar-condicionado portátil funciona de maneira similar aos sistemas tradicionais, mas com a vantagem de ser móvel e fácil de instalar. O aparelho absorve o ar quente da sala por meio de um ventilador e o faz ar por uma serpentina que contém um líquido refrigerante, que evapora e resfria o ambiente. O vapor quente gerado pelo processo de troca de calor é direcionado para fora da sala por meio de um tubo de exaustão, que geralmente é colocado em uma janela ou abertura.
Além disso, muitos modelos de ar-condicionado portátil também apresentam uma função de desumidificação, que ajuda a reduzir a umidade do ar. Em sua estrutura, são equipados com rodas ou alças para facilitar a movimentação entre os cômodos.
Apesar de sua praticidade, é importante lembrar que esses dispositivos não são muito leves, chegando a pesar dezenas de quilos. Além disso, é preciso garantir que o tubo de exaustão esteja corretamente instalado para evitar a recirculação do ar quente no ambiente. Assim, os portáteis oferecem uma solução conveniente para resfriar pequenos espaços sem a necessidade de instalações permanentes, mesmo que com algumas limitações a serem consideradas.

2. Sua instalação é mais fácil
A instalação dos sistemas ar-condicionado portáteis é bem mais simples em comparação com os fixos, como splits e unidades de janela. Para começar, eles não exigem perfurações nas paredes ou montagens permanentes, tornando-os uma opção prática para quem não quer ou não pode realizar modificações estruturais no imóvel.
A instalação geralmente envolve apenas posicionar o aparelho próximo a uma janela ou porta, conectar o tubo de exaustão para direcionar o ar quente para fora, e ligar o dispositivo na tomada. Esse processo pode ser realizado em poucos minutos, sem a necessidade de ferramentas especializadas ou ajuda profissional.
Por outro lado, a instalação de sistemas de ar-condicionado split ou de janela é significativamente mais complexa e demorada. Os splits exigem a montagem de uma unidade externa e interna, além da interligação entre elas por meio de tubulações de cobre e fiação elétrica. Já as unidades de janela necessitam de uma abertura adequada na parede para serem encaixados, o que pode necessitar obras e profissionais qualificados.

3. São ideais para cômodos menores
Os sistemas de ar-condicionado portáteis são ideais para ambientes pequenos porque apresentam uma capacidade de resfriamento limitada, geralmente adequada para áreas com menos de 20 metros quadrados. Em espaços menores, eles conseguem baixar a temperatura de maneira eficiente e rápida, proporcionando conforto térmico adequado.
Sua mobilidade e facilidade de instalação também são grandes vantagens nesses ambientes, pois permitem que o aparelho seja movido conforme necessário, sem a necessidade de instalações permanentes ou complexas. Por exemplo, se um ambiente tem duas janelas para exaustão, o ar-condicionado pode ser movido para ficar sempre na sombra para não afetar sua eficiência energética.

No entanto, esses aparelhos podem se tornar ineficientes para cômodos grandes devido à sua capacidade de resfriamento restrita. Em áreas amplas, o ar-condicionado portátil pode não conseguir manter uma temperatura uniforme e confortável, já que o fluxo de ar frio pode não alcançar todos os cantos do ambiente. Boa parte dos portáteis também conta com tubo de exaustão, o que pode dificultar muito um isolamento adequado — algo crucial para cômodos maiores.
Além disso, a carga de trabalho do aparelho aumenta significativamente em espaços grandes, resultando em um consumo de energia elevado e um desgaste mais rápido do equipamento. Por isso, nesses casos, sistemas de ar-condicionado central ou split são geralmente mais indicados, pois apresentam uma capacidade de resfriamento superior, permitem um isolamento adequado do cômodo, além de serem projetados para manter a temperatura de áreas largas de maneira mais eficiente.
4. São mais baratos, mas gastam mais energia
Apesar de estarem cada vez mais equiparados, os sistemas ar-condicionado portáteis geralmente são mais baratos na aquisição inicial quando comparados a sistemas fixos. Além disso, dispensa, a necessidade de instalação profissional, o que elimina gastos adicionais com mão de obra e materiais.
Por outro lado, os portáteis tendem a consumir mais energia elétrica durante o funcionamento. Ainda que estejam em estado de evolução tecnológica, inclusive com compressores inverter, sua eficiência energética é geralmente inferior à dos sistemas fixos. Isso significa que, ao longo do tempo, o custo de operação pode ser significativamente maior, refletido nas contas de luz. Para quem utiliza o aparelho com frequência ou em ambientes maiores do que os recomendados, essa diferença de consumo pode resultar em um aumento considerável nas despesas mensais.

5. Podem fazer barulho
Os modelos de ar-condicionado portáteis não são tão silenciosos quanto os aparelhos split, justamente por não contarem com uma separação das unidades de resfriamento e compressão, mantendo-as sob o mesmo gabinete.
Em splits a unidade de compressão, que é a parte mais ruidosa do aparelho, é instalada externamente ao ambiente a ser resfriado. Essa unidade externa dissipa o ruído longe da área interna, resultando em um funcionamento mais silencioso dentro do cômodo.

6. Saiba calcular BTUs
Para calcular a quantidade de BTUs (British Thermal Units) necessária para resfriar um ambiente, é essencial considerar diversos fatores que influenciam a carga térmica do espaço. O cálculo básico leva em conta a área do ambiente em metros quadrados, multiplicando-a por uma constante — geralmente 600 a 800 BTUs por metro quadrado.
Adicionalmente, é importante considerar a quantidade de pessoas que frequentemente ocupam o ambiente, adicionando cerca de 600 BTUs por pessoa. Outros fatores que devem ser considerados incluem a presença de aparelhos eletrônicos que geram calor, a quantidade de janelas e a exposição solar do cômodo. Somando esses fatores, obtém-se uma estimativa mais precisa da capacidade de resfriamento necessária para manter o ambiente confortável.
No caso específico de ar-condicionados portáteis, que utilizam dutos para a exaustão e não proporcionam uma vedação completa ao ambiente, pode ser necessário adicionar BTUs a conta.
Com informações Penguin Air, Choice e Achoo Allergy.
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