8 respostas sobre o acidente da TAM em Congonhas para ver na série da Netflix
Minissérie pode ajudar a entender tudo que aconteceu no maior acidente aéreo brasileiro, que chocou o país em 2007, e seu impacto na aviação; confira respostas e mais

Congonhas – Tragédia Anunciada é a nova série documental da Netflix, que estreou na última quarta-feira (23) e vem ganhando destaque desde então. Baseada em fatos reais, a produção relembra o trágico acidente aéreo com o avião da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007, que comoveu o país. Criada e dirigida por Angelo Defanti (O Clube dos Anjos), a trama mostra o que aconteceu noite em que uma aeronave, vinda de Porto Alegre com destino a São Paulo, colidiu com um prédio quando tentava pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, e os impactos na aviação brasileira pós acidente e na vida das famílias das vítimas.
Pensando em quem ficou curioso sobre o desastre e a história narrada, o TechTudo preparou uma lista com informações que ajudam a responder diversas dúvidas do público que podem ser conferidas na série do streaming vermelho. A seguir, confira explicações sobre as causas do acidente, relatos de familiares das vítimas e outros pontos importantes revelados no projeto da Netflix.

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Na lista organizada pelo TechTudo, você vai encontrar 8 respostas sobre o acidente da TAM, presentes na nova série da Netflix Congonhas - Tragédia Anunciada. São elas:
- Causas do acidente
- Opinião das famílias das vítimas
- Novidades da série
- Apagão Aéreo e relação com acidente
- O Aeroporto de Congonhas é internacional?
- Qual o tamanho da pista do Aeroporto de Congonhas?
- As famílias foram indenizadas?
- O Aeroporto de Congonhas deveria existir?
1. Causas do acidente
De acordo com as investigações de agências como CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o acidente foi causado por uma combinação de erro humano dos pilotos, falhas operacionais e brechas regulatórias. O relatório dos órgãos explica que durante o pouso, os pilotos colocaram apenas uma das alavancas de propulsão em marcha lenta, enquanto a outra ficou em modo de aceleração, fazendo o avião entender que deveria decolar novamente. Além disso, foi apontado que a aeronave estava com o reversor de empuxo inoperante, o que era permitido mesmo em dias de chuva.
Apesar do relatório técnico do CENIPA não apontar culpados, a investigação acabou envolvendo também a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público que iriam apurar se houve responsabilidade civil e criminal. Ao longo dos anos de investigação, 11 pessoas chegaram a ser indiciadas, entre funcionários da Infraero, da Anac e da TAM. O Ministério público pediu a condenação de três pessoas, incluindo a ex-diretora da Anac, Denise Abreu, e de Marco Aurélio dos Santos de Miranda, diretor de Segurança de voo da TAM. No entanto, todos foram absolvidos por falta de provas ou por decisão judicial.

2. Opinião das famílias das vítimas
No documentário da Netflix, as famílias das vítimas relembram os momentos mais difíceis do acidente, como a espera angustiante para identificar os corpos. Muitas delas não puderam realizar um velório digno para seus entes queridos, que estavam totalmente pulverizados, enquanto outras tiveram que aguardar até 30 dias após a tragédia para receber o corpo.
Vale destacar que, em entrevista ao portal G1, em 2022 — quinze anos após o acidente —, Lia Schneider, uma das mães das vítimas, falou sobre as lembranças que guarda da filha Patrícia, comissária de bordo. “Eu olho as fotos de onde ela me levou, em outros países. Isso é uma coisa boa. A gente se sente bem. E assim vão se ando os anos”, disse.
Em outra matéria do portal, Roberto Gomes, irmão da vítima Mário e representante da associação das vítimas, demonstra sua frustração com a absolvição dos três acusados de serem responsáveis pelo acidente. Segundo ele "Fica uma sensação de injustiça, de que não foi feita justiça, quando ela deveria ter sido exemplar. Não era um sentimento de vingança das famílias. Era o desejo de justiça, até para que não se repetisse um acidente aeronáutico por aqueles motivos", disse.
3. Novidades da série
Uma das novidades da minissérie sobre o acidente aéreo de Congonhas de 2007 foi mergulhar no impacto que ele causou nas famílias das vítimas e também apresentar uma humanização dessas pessoas mostradas não apenas como números de uma estatística. Além disso, o enredo mostra o reflexo da tragédia na aviação brasileira.
4. Apagão Aéreo e relação com acidente
A série da Netflix retrata o acidente com o avião da TAM (Airbus A320), no Aeroporto de Congonhas, que vitimou cerca de 199 pessoas, em 2007, sendo considerado o maior desastre aéreo do Brasil e da América Latina. A tragédia ocorreu exatamente durante uma grande crise da aviação civil brasileira que ficou conhecida como "apagão aéreo brasileiro".
Durante esse período sombrio, entre os anos de 2006 e 2007, os aeroportos estavam um caos com voos atrasados, cancelados e greves de funcionários. A crise surge como reflexo de anos de cortes orçamentários e ausência de melhorias na infraestrutura dos aeroportos, que geraram protestos e acidentes.

5. O Aeroporto de Congonhas é internacional?
O Aeroporto de Congonhas não é internacional, ele opera apenas com voos domésticos realizados dentro do próprio país entre os Estados brasileiros.
6. Qual o tamanho da pista do Aeroporto de Congonhas?
Considerada curta demais por especialistas, a pista principal de decolagem e pouso do Aeroporto de Congonhas tinha 1.940 metros, no ano 2007, quando ocorreu o acidente.

7. As famílias foram indenizadas?
Em 2017, dez anos após a tragédia, nenhuma pessoa tinha sido condenada criminalmente pelo acidente repleto de falhas que causou a morte de 199 pessoas. No entanto, nesse mesmo ano, âmbito civil, a Airbus, fabricante do avião, assinou um acordo com a justiça para pagar uma indenização de mais de R$ 30 milhões para um grupo de 33 familiares das vítimas. Já em 2022, a Companhia Aérea informa que todas as vítimas foram indenizadas, restando apenas uma ação aguardando julgamento.
8. O Aeroporto de Congonhas deveria existir?
Especialmente após o acidente, o debate sobre a existência do Aeroporto de Congonhas ganhou força e apelo na opinião pública, visto que sua localização próxima a avenidas e prédios sempre foi questionada por especialistas contrários ao seu funcionamento. Entre as razões apontadas estão a capacidade limitada e alto risco de congestionamentos, impacto ambiental e de segurança por se tratar de área urbana com tráfego intenso. No entanto, após a tragédia o aeroporto sofreu readequações ao longo dos anos e continua tendo licença para operar sem grandes problemas.

Confira trailer da série Congonhas – Tragédia Anunciada
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