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Na indústria dos games, ser um jogo excelente não garante bons números de vendas, seja por falta de investimento em marketing e divulgação, ou por pertencer a algum público muito nichado. Jogos que são bem avaliados por público e crítica especializada, mas que não tiveram vendas condizentes com sua qualidade, como Psychonauts e Beyond Good & Evil fazem parte do mundo gamer. É interessante usar sites de avaliação, como o Metacritic, para encontrar jogos considerados muito bons, mas que fracassaram nas vendas.

O Metacritic se consagrou por utilizar seu sistema de ranking próprio para avaliar filmes e jogos, a partir de reviews realizadas pela mídia especializada. Esse índice é conhecido como Metascore, que conta com notas que vão de 0 a 100 e um selo de indicação de “vale a pena jogar” para os games que são avaliados de 90 pra cima. Nas linhas a seguir, o TechTudo te apresenta 10 jogos muito bons segundo o Metacritic, mas que fracassaram nas vendas, com informações sobre cada game.

Clássico do PS2, Okami tem sequência revelada pelo novo estúdio do seu diretor original, Hideki Kamiya — Foto: Divulgação/Capcom
Clássico do PS2, Okami tem sequência revelada pelo novo estúdio do seu diretor original, Hideki Kamiya — Foto: Divulgação/Capcom

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10 jogos muito bons segundo o Metacritic, mas que fracassaram nas vendas

  1. Grim Fandango [94]
  2. Okami [93]
  3. Shenmue [88]
  4. Psychonauts [88]
  5. Bayonetta [86]
  6. Beyond Good & Evil [86]
  7. Ni no Kuni: Wrath of the White Witch [85]
  8. Alan Wake [83]
  9. Alien: Isolation [79]
  10. Spec Ops: The Line [76]

10. Spec Ops: The Line [76]

Lançado em junho de 2012 pela 2K Games, Spec Ops: The Line foi aclamado pela crítica por sua narrativa sombria e pela abordagem madura dos horrores da guerra. Em sua narrativa, o game acompanha o Capitão Martin Walker e sua equipe em uma missão para encontrar sobreviventes em Dubai, após uma tempestade de areia devastadora. Conforme avançam, os conflitos morais e psicológicos tornam a jornada cada vez mais perturbadora e impactante.

Apesar da recepção crítica positiva, com uma nota Metascore de 76, Spec Ops: The Line vendeu abaixo do esperado. O motivo principal para isso foi a forte concorrência no gênero de shooters militares e a dificuldade de atrair um público acostumado a jogos mais tradicionais e voltados para a ação. Disponível para PlayStation 3 (PS3), Xbox 360 e PC, o jogo foi removido de todas as lojas digitais devido ao vencimento de várias licenças de conteúdo, como músicas licenciadas presentes na trilha sonora.

Cutscene do Spec Ops: The Line — Foto: Divulgação/Darkside Game Studios
Cutscene do Spec Ops: The Line — Foto: Divulgação/Darkside Game Studios

9. Alien: Isolation [79]

Baseado na franquia de sucesso nos cinemas, Alien: Isolation segue a história de Amanda Ripley, filha da famosa Ellen Ripley, que investiga o desaparecimento de sua mãe 15 anos após os eventos do filme Alien. Ao chegar na estação espacial Sevastopol, que recebeu um sinal de socorro da nave onde sua mãe esteve anos atrás, ela encontra um ambiente hostil, dominado por um único alien. Com poucos recursos, ela precisa usar furtividade e inteligência para sobreviver contra esse monstro e desvendar os mistérios da estação. Embora tenha sido elogiado por sua atmosfera tensa, pela jogabilidade desafiadora e pela fidelidade ao universo Alien, o jogo não alcançou vendas estrondosas. Isso se deve, em parte, ao seu lançamento inicial, que foi exclusivo para Xbox 360 e PC, limitando seu público.

Além disso, seu estilo de terror psicológico pode ter afastado diversos jogadores que não se sentem confortáveis. O jogo postado pela SEGA está disponível em múltiplas plataformas, no PlayStation 4 (PS4 ) por R$ 99,99, no Xbox One a R$ 179 (ou incluso no Xbox Game ), no Nintendo Switch saindo por R$ 79,99 e no PC, via Steam, onde sai por R$ 179.

Alien: Isolation rapidamente se tornou o melhor jogo do Xenomorfo com sua ambientação e sensação de perigo imimente — Foto: Divulgação/Sega
Alien: Isolation rapidamente se tornou o melhor jogo do Xenomorfo com sua ambientação e sensação de perigo imimente — Foto: Divulgação/Sega

8. Alan Wake [83]

Alan Wake é um escritor de best-sellers sofre de bloqueio criativo. Para tentar superar sua crise e se recuperar, ele vai com a esposa para uma pequena cidade chamada Bright Falls, cercada por florestas densas e montanhas. No entanto, logo após a chegada, ela desaparece misteriosamente, deixando Alan sozinho e desesperado. Saindo em busca dela, ele descobre que uma força sombria conhecida como “A Escuridão”, tomou conta da cidade, possuindo pessoas, e o único caminho para salvá-la é enfrentando esses inimigos. Este é o enredo de Alan Wake, game de sobrevivência da Remedy Entertainment.

Mesmo sendo um título popular, Alan Wake não atingiu o potencial de vendas que se espera para um jogo de sua qualidade – diferente de sua sequência, Alan Wake 2. Tanto a exclusividade temporária para Xbox 360 quanto a concorrência direta com Red Dead Redemption foram pontos cruciais para esse flop de Alan Wake. O game publicado pela Microsoft em 2010, ganhou um remaster em 2021, que está disponível por R$ 14,92 no PS4 e PS5, com 85% de desconto até 12 de junho, R$ 69 no Xbox One e nos Xbox Series X e Xbox Series S (também incluso no Game ), R$ 99,50 no Nintendo Switch e R$ 39,99 no PC via Steam.

Alan Wake é considerado um clássico entre os jogos de terror — Foto: Reprodução/ICMX
Alan Wake é considerado um clássico entre os jogos de terror — Foto: Reprodução/ICMX

7. Ni no Kuni: Wrath of the White Witch [85]

A primeira versão de Ni no Kuni: Wrath of the White Witch foi lançada pela Bandai Namco em janeiro de 2013 e alcançou 85 pontos na nota Metascore. A aventura do game começa quando Oliver, um garoto de 13 anos, perde sua mãe para uma doença misteriosa. Devastado, ele descobre um livro mágico que o transporta para um mundo paralelo chamado Ni no Kuni, que ele pode resgatar sua mãe dos mortos. Ao longo de sua trajetória, ele descobre que para salvar sua mãe, ele precisa derrotar a Bruxa Branca que ameaça esse mundo de fantasia. Ainda que não tenha sido um fracasso completo, as vendas Ni no Kuni: Wrath of the White Witch não fazem jûs a sua qualidade.

Dois pontos explicam essa situação. Primeiro, o fato do jogo ter sido inicialmente lançado apenas para PS3 no ocidente, o que limitou o o. Segundo que o jogo é bastante longo, com mais de 50 horas de duração, o que pode afastar aqueles que preferem ação rápida. Em 2019, o game recebeu um remaster para PlayStation 4 (PS4), Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e no PC, sendo comercializado por R$ 199,90 no console da Sony, R$ 199,90 (ou incluso no Game ) nos da Microsoft, R$ 199,90 no da Nintendo e R$ 214,90 no PC via Steam.

Ni no Kuni: Wrath of the White Witch mistura magia e desenho animado — Foto: Divulgação/Ni no Kuni: Wrath of the White Witch
Ni no Kuni: Wrath of the White Witch mistura magia e desenho animado — Foto: Divulgação/Ni no Kuni: Wrath of the White Witch

6. Beyond Good & Evil [86]

Em Beyond Good & Evil, você irá controlar Jade, uma jovem repórter e fotógrafa que vive em uma pequena ilha chamada Hyllis. O planeta está sob uma ameaça misteriosa: forças alienígenas chamadas DomZ estão invadindo, e o governo local esconde a verdade da população. Jade trabalha para uma organização rebelde chamada IRIS, que luta para expor a manipulação do governo. Durante sua jornada, ela viaja por diversas áreas do planeta, coletando informações e tirando fotos de criaturas para provar a verdade.

Apesar de ter construído uma base de fãs fiéis e ser bem avaliado no Metacritic, Beyond Good & Evil não teve um bom lançamento. A época do seu lançamento é um fator importante nesse sentido, já que em 2003 a sétima geração de consoles (Xbox 360 e PlayStation 3) estava chegando no mercado. Este acontecimento, inevitavelmente, afetou as vendas de games lançados para PlayStation 2 e Xbox, como é o caso de Beyond Good and Evil. Em 2021, o jogo ganhou uma nova versão, chamada de Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition, que chegou para PS4 e PS5 por R$ 99,90, para Xbox Series X/S por R$ 99,95, para Nintendo Switch por R$ 99,99 e para PC via Steam por R$ 99,99.

Beyond Good and Evil deixa saudades em quem joga — Foto: Divulgação/Beyond Good and Evil
Beyond Good and Evil deixa saudades em quem joga — Foto: Divulgação/Beyond Good and Evil

5. Bayonetta [86]

Primeiro jogo da clássica franquia criada por Hideki Kamiya, Bayonetta foi publicado pela Sega em janeiro de 2010 para Xbox 360 e PS3, chegando posteriormente no Wii U. A história da série gira em torno de Bayonetta, protagonista que acordou após um sono de 500 anos dentro de um caixão submerso no mar, sem lembranças de seu ado. O jogo se a em Vigrid, uma cidade fictícia chamada onde Bayonetta luta contra os Lumas (criaturas celestiais) e tenta entender qual a sua conexão com uma guerra antiga entre bruxas e anjos.

Como as plataformas iniciais tinham uma base menor em alguns mercados, como o Japão, onde Bayonetta tinha mais apelo, o game acabou vendendo menos que o esperado para sua qualidade. Além disso, em 2010, havia muitos jogos de ação de grande orçamento e franquias estabelecidas, como Devil May Cry, God of War e Ninja Gaiden, o que dificultou o crescimento do game. Atualmente, após a implementação de retrocompatibilidade, é possível adquirir Bayonetta para PlayStation 4 (PS4) por R$ 25,97, Xbox One, onde sai a R$ 122 (também disponível através do Game ) e para PC, via Steam, por R$ 89,50.

Imagem de divulgação de Bayonetta — Foto: Divulgação/Steam
Imagem de divulgação de Bayonetta — Foto: Divulgação/Steam

4. Psychonauts [88]

Produzido pela Double Fine Productions e publicado pela Majesco, Psychonauts traz Raz como o protagonista, um jovem que vive em um circo e possui poderes psíquicos. Pensando em se juntar a uma força de elite de super-heróis com os mesmos poderes, Raz foge do circo e parte em uma jornada que desvenda uma conspiração sombria: alguém está sequestrando crianças psíquicas e roubando seus cérebros. Para impedir esse plano maligno, Raz terá que se projetar na mente de diferentes personagens, explorando seus mundos internos, cheios de simbolismos, desafios e traumas pessoais.

Mesmo tendo sido muito bem avaliado pela crítica especializada, Psychonauts não conseguiu atingir 100 mil vendas em seu primeiro lançamento. Um dos fatores que contribuiu para esse fenômeno é que o game pertence a um nicho muito específico, e se hoje em dia já é difícil popularizar um jogo desse tipo, em 2005, seu ano de lançamento, era muito mais. Após diversos relançamentos, hoje ele está disponível no PlayStation 4 (PS4) por R$ 53,90, no Xbox One e nos Xbox Series X/S por R$ 49,95 (ou através do Xbox Game ) e no PC, via Steam, por R$ 19,99.

Psychonauts é uma viagem pela mente — Foto: Divulgação/Psychonauts
Psychonauts é uma viagem pela mente — Foto: Divulgação/Psychonauts

3. Shenmue [88]

Também ambientado na cultura japonesa, Shenmue foi um dos primeiros jogos a misturar mundo aberto, uma narrativa profunda e elementos que simulam o dia-a-dia do mundo real, recursos que viriam a ser explorados em jogos da franquia GTA, por exemplo. O game conta a história de Ryo Hazuki, um jovem artista marcial japonês, que testemunha o assassinato de seu pai em sua própria casa, por um misterioso homem chamado Lan Di. Ele então parte para uma jornada cujo objetivo é descobrir a razão por trás da morte de seu pai, além de buscar vingança contra o assassino. Ainda que tenha sido revolucionado para a época, Shenmue exigiu um investimento muito alto para ser produzido, tanto que nem a venda de 1 milhão de cópias seria suficiente para cobrir os custos.

Outro ponto importante para o insucesso do game no mercado é o baixo ritmo da sua jogabilidade, o que não era tão bem visto quanto em jogos de mundo aberto que viriam depois. A primeira versão do jogo foi lançada pela Sega em 2000, mas atualmente, o game é comercializado em um pacote que inclui o segundo jogo da franquia, Shenmue 2, e pode ser encontrado por R$ 179,50 no PlayStation 4 (PS4), R$ 179,50 no Xbox One e R$ 109,99 no PC via Steam.

Primeiro Shenmue custou 35 vezes o valor pedido no Kickstarter — Foto: Divulgação/SEGA
Primeiro Shenmue custou 35 vezes o valor pedido no Kickstarter — Foto: Divulgação/SEGA

2. Okami [93]

Inspirado na arte tradicional japonesa, Okami foi considerado um dos melhores jogos lançados em 2006. Nele, você irá controlar um lobo branco, que é a personificação da deusa do sol Amaterasu, e que tem a missão de restaurar a luz e a vida na Terra, que foi amaldiçoada por Orochi, uma serpente demoníaca que trouxe as trevas para o mundo após ressuscitar. A gameplay é baseada na exploração do mundo aberto e em combates com os inimigos, com a adição de puzzles que vão testar o seu raciocínio lógico.

Um dos principais motivos para Okami não ter vendas no nível da sua alta nota no Metacritic (93), é o fato de que na época de seu lançamento, em 2006, jogos com design pouco convencionais não eram bem recebidos pelo público. O jogo foi publicado pela Capcom originalmente para PlayStation 2 e Nintendo Wii, mas ganhou uma nova versão em HD, que está saindo por R$ 61,50 no PlayStation 4 (PS4), R$ 99,50 no Xbox One, R$ 99,50 no Nintendo Switch e R$ 84 no PC via Steam.

Okami é um dos jogos que o protagonista é um animal — Foto: Divulgação/Okami
Okami é um dos jogos que o protagonista é um animal — Foto: Divulgação/Okami

1. Grim Fandango [94]

Lançado em outubro de 1998 pela LucasArts, Grim Fandango é um clássico jogo de aventura, que tem como temática a viagem de almas pós-morte. O jogo se a no “Além”, uma espécie de mundo onde as almas têm uma jornada de travessia de quatro anos para alcançar seu descanso final. No Além, você controla Manny Calavera, um agente da morte que trabalha vendendo pacotes de luxo para almas em sua rumo ao descanso eterno. Porém, Manny percebe que está ajudando almas corruptas e injustamente condenadas a ficarem presas no submundo.

Apesar de conseguir a impressionante nota de 94, garantindo o selo de indicação do Metacritic, Grim Fandango não vendeu tanto quanto se esperava de um game com sua qualidade, apesar de não ter necessariamente ido mal. O que realmente fez o jogo ter sido considerado um fracasso foi o seu elevado custo de desenvolvimento, aliado a transição de popularidade dos games de aventura para os FPS na época do lançamento, o que diminuiu as vendas. O game dirigido por Tim Schafer está disponível apenas para PC, sendo comercializado a R$ 27,99 na Steam.

O divertido Grim Fandango está de graça na PS Plus — Foto: Divulgação/Double Fine
O divertido Grim Fandango está de graça na PS Plus — Foto: Divulgação/Double Fine

Com informações de The Gamer, YouTube (1 e 2) e Metacritic

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