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s
Empresa Número de funcionários demitidos
Amazon Mais de 18 mil funcionários
Alphabet (Google) 12 mil funcionários
Meta 11 mil funcionários
Microsoft 10 mil funcionários
Twitter 3.700 funcionários
Snapchat 1.000 funcionários

Em dezembro de 2022, ao anunciar a demissão em massa de mais de 11 mil funcionários da Meta -- o que representa 13% da força de trabalho da empresa –, Mark Zuckerberg reconheceu a influência direta da crise macroeconômica e da perda de receita de anúncios nos cortes. O executivo também fez um mea-culpa e itiu que se equivocou ao aumentar os investimentos da empresa após a onda de crescimento experimentada durante 2020.

“No início da Covid, o mundo rapidamente se moveu online e a onda de comércio eletrônico levou a um crescimento maior da receita. Muitas pessoas previram que esta seria uma aceleração permanente que continuaria mesmo após o término da pandemia. Eu também. Então, tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não saiu como eu esperava. Não só o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a crise macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de receita de anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava. Eu errei e assumo a responsabilidade por isso”, disse Zuckerberg em nota.

O equívoco do CEO da Meta também foi cometido por executivos de outras gigantes de tecnologia, conforme aponta o sócio-líder da Mazars, empresa especializada em Consultoria Digital, Rodrigo Viñau. Ele explica que durante a pandemia houve um crescimento bastante grande no volume de negócios dessas empresas, fato que as levou a fazer projeções influenciadas por esse cenário – que não se manteve após a Covid-19.

"Com o fim da pandemia e a redução dos estímulos monetários concedidos pelos governos, houve um esfriamento da economia e, consequentemente, um aumento da inflação e da taxa de juros. Então, as empresas viram que os seus resultados destoavam do que foi projetado inicialmente e começaram a rever suas estruturas de custo”, afirmou à reportagem.

Afinal, essas demissões podem afetar os usuários?

Estabilidade dos serviços

Embora não seja possível dar certeza de que as demissões nas big techs afetarão os usuários, para João Victor Archegas, esse cenário é uma possibilidade – principalmente no caso do Twitter, que teve cerca de 80% da sua força de trabalho reduzida. Isso acontece porque, com os layoffs, algumas equipes inteiras foram dispensadas, inclusive as que garantem o funcionamento estável das plataformas.

Nesse sentido, para Archegas, é possível que os serviços apresentem mais instabilidade no funcionamento, com bugs e outras eventuais falhas que aconteçam no código-fonte deles. Por outro lado, para o pesquisador, a rede de Elon Musk "tem conseguido manobrar e evitar algumas dessas consequências mais nefastas". Mas ele frisa: "[Essa instabilidade] certamente é um risco que existe a partir do momento que você começa a demitir essas pessoas".

Disseminação de desinformação

O pesquisador do ITS Rio também mencionou os impactos que as demissões nas áreas de moderação de conteúdo podem ter – o que é especialmente preocupante para o Twitter, que dispensou todo o setor no ano ado, e para a Meta, que sozinha controla três redes muito utilizadas no ecossistema de desinformação.

Elon Musk demitiu 3.700 funcionários do Twitter — Foto: Divulgação/Getty Images
Elon Musk demitiu 3.700 funcionários do Twitter — Foto: Divulgação/Getty Images

"[Eles] são funcionários responsáveis por políticas de moderação de conteúdo, que estão na linha de frente estabelecendo e aplicando as regras que determinam o que você pode ou não pode dizer ou fazer dentro dessas plataformas. No momento político que a gente vive, especialmente no Brasil, isso é muito problemático", opinou Archegas.

O pesquisador citou ainda os eventos do último dia 8 de janeiro, quando grupos terroristas, organizados em redes desinformativas no Telegram, Twitter e WhatsApp, depredaram os prédios dos três poderes em Brasília. Nesse sentido, o que preocupa Archegas é que, com os cortes dessas áreas, "talvez [as plataformas] não tenham mais a mesma capacidade de agir e reagir em relação a esses acontecimentos". Na prática, isso pode significar mais conteúdos desinformativos e/ou de ódio sendo disseminados nessas redes.

Lançamento de funções

Outra possível consequência para o usuário é o lançamento de funções pagas nas plataformas – como aconteceu com o Twitter Blue, serviço de que oferece o selo de verificação na rede por R$ 60 mensais. Isso ocorre porque, com a queda dos investimentos em publicidade – para se ter ideia, somente o Twitter registrou uma baixa de 70% em dezembro de 2022 –, essas empresas de tecnologia tendem a buscar novas fontes de receita. Mas calma: para o especialista, o que é gratuito atualmente tende a continuar assim.

É possível que as demissões em big techs gerem aumento nos preços de mensalidade de serviços como Spotify — Foto: Divulgação/GettyImages
É possível que as demissões em big techs gerem aumento nos preços de mensalidade de serviços como Spotify — Foto: Divulgação/GettyImages

O TechTudo também perguntou ao pesquisador se ele acredita que, no caso de serviços pagos, como o Spotify, poderá haver aumento nas mensalidades para compensar essa baixa na receita publicitária. A plataforma de streaming anunciou, na última segunda-feira (23), a demissão de cerca de 600 funcionários. Archegas crê que um aumento seja uma possibilidade, mas frisa que isso vai variar de acordo com a empresa.

"No caso de plataformas que já funcionam como serviços de , é possível sim que você tenha um aumento no valor dessa . Não é certeza, (...) mas é uma possibilidade. Acho que isso deve acontecer em alguns casos, e talvez em outros casos a empresa não precise aumentar o valor", disse à reportagem.

As demissões em massa vão continuar em 2023?

Os especialistas ouvidos pelo TechTudo acreditam que as demissões em massa nas big techs devem ser uma tendência em 2023, seguindo o que foi visto nos últimos meses de 2022. No entanto, é possível que, com a inflação desacelerando nos EUA e a taxa de juros aumentando em escala menor, esse quadro se estabilize, e menos demissões aconteçam.

Para João Victor Archegas, a mudança ou permanência do cenário vai depender de dois principais fatores. "Primeiro: os anunciantes vão voltar a gastar o que gastavam antes nessas plataformas? Segundo: as plataformas obterão sucesso na busca por fontes alternativas de receita"> Como desativar o Instagram ou excluir definitivamente?

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