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A Realme é da Xiaomi? Não. As empresas chinesas sequer pertencem ao mesmo grupo empresarial. Porém, a explicação para essa resposta é um pouco mais complexa. A indústria chinesa de eletrônicos é uma das que mais vem crescendo na última década, e uma estratégia comum entre as marcas é criar ou adquirir outras empresas nacionais. Os modelos da linha POCO, por exemplo, pertencem à Xiaomi, que tem várias subsidiárias. O amplo número de marcas sob o guarda-chuva da Xiaomi, aliado à similaridade de propostas e estratégias de marketing, leva muitos consumidores a induzirem que a empresa é proprietária da Realme.

Fazendo um breve paralelo com a Apple, apesar de a série iPhone também apresentar diferentes smartphones, essencialmente todos são produtos , com diferenças mínimas entre as versões. Já no ecossistema Android, uma mesma linha de produtos pode ter quatro modelos diferentes ou mais, com alterações bem mais radicais que as vistas nos iPhones. Um exemplo é a Samsung, que lança opções do Galaxy S com chip Exynos ou Snapdragon, dependendo do mercado. A seguir, o TechTudo explica por que a Realme não é da Xiaomi, pontuando as principais diferenças entre as marcas.

Apesar de modelos e estratégias similares, Realme é subsidiária da BBK Electronics, e Xiaomi é conglomerado independente — Foto: Divulgação: Xiaomi/Realme (Editada por Daniel Trefilio)
Apesar de modelos e estratégias similares, Realme é subsidiária da BBK Electronics, e Xiaomi é conglomerado independente — Foto: Divulgação: Xiaomi/Realme (Editada por Daniel Trefilio)

Motivos para confusão entre Realme e Xiaomi

A confusão não é totalmente infundada, uma vez que as duas fabricantes apresentam propostas semelhantes em seus produtos principais de cada segmento, além de ambas serem chinesas. Outro fator que bagunça um pouco a cabeça dos consumidores é a Xiaomi ter várias subsidiárias. Entre elas, as mais famosas são POCO, BlackShark, e a Redmi — esta com nome bem parecido com o da Realme, que surgiu inicialmente focada na entrega de smartphones mais íveis.

Os celulares com o selo Xiaomi miram no público mainstream, competindo principalmente com os modelos topo de linha, graças às suas configurações mais robustas e completas. No caso dos POCO, eles focam em sacrificar itens menos essenciais para entregar desempenho topo de linha e preços reduzidos. Sobre os BlackShark, estes fazem partem do nicho de smartphones para jogos. Por fim, temos os modelos Redmi, que atacam os segmentos de entrada e intermediário do mercado mobile, com dispositivos competentes e muito mais baratos que outras linhas da Xiaomi.

Xiaomi 13 está disponível nas cores branco, preto e verde — Foto: Reprodução/Xiaomi
Xiaomi 13 está disponível nas cores branco, preto e verde — Foto: Reprodução/Xiaomi

Diferente da Xiaomi, que é sua própria "dona", com outras subsidiárias em seu guarda-chuva, a Realme é empresa que faz parte de outro conglomerado de tecnologia, a BBK Electronics. Este grupo também abriga outras grandes marcas, como Oppo, Vivo (não tem ligação com a operadora) e OnePlus. Assim como ocorre com a Xiaomi, a BBK Electronics usa as sub-marcas para alcançar diferentes nichos do mercado mobile, com propostas e estratégias de marketing bem diferentes.

A OnePlus é a empresa topo de linha da BBK, com modelos de altíssima qualidade, especificações completas e robustas, mas com poucas versões disponíveis. A Oppo e Vivo cobrem os smartphones de entrada da BBK, com alto volume de produtos bem simples e baratos — até mais íveis que os Redmi da Xiaomi. Vale ressaltar que esses celulares atuam mais no mercado asiático, em especial na Índia, e em algumas regiões da Europa, de forma que não são tão conhecidos pelo público brasileiro.

Oppo Reno 11F com a caixa — Foto: João Marcelo Rodrigues/TechTudo
Oppo Reno 11F com a caixa — Foto: João Marcelo Rodrigues/TechTudo

Há alguns anos, a BBK não tinha produtos para competir na faixa intermediário-. Começar a produzir smartphones Oppo mais completos e caros, ou OnePlus mais simples e baratos, poderia comprometer a proposta comercial das duas subsidiárias. Em 2018, a solução encontrada foi a criação da Realme, um selo fundado pelo ex-vice-presidente da Oppo Sky Li para competir em uma fatia do mercado chinês que, na época, a Xiaomi competia praticamente apenas com a Huawei.

Realme e Xiaomi têm propostas semelhantes

As linhas Realme e Xiaomi trazem celulares com processadores, tecnologias, memória, armazenamento, conectividade e conjuntos de câmera equivalentes. Além disso, o investimento em marketing das duas marcas é bastante elevado, com campanhas de divulgação fortíssimas nos mercados que atuam. Elas costumam fazer parcerias com influenciadores digitais e divulgações na mídia especializada, sempre oferecendo produtos para análise e promovendo ações promocionais.

Câmeras do Realme 12 Pro+ em foco — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo
Câmeras do Realme 12 Pro+ em foco — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

Guardadas as devidas proporções, o design dos principais modelos das duas fabricantes é relativamente semelhante. Talvez a diferença externa mais notável seja apenas o padrão de cores: a Realme costuma apresentar cores mais vibrantes, enquanto a Xiaomi opta por padrões mais sóbrios. O Realme GT 5 Pro, por exemplo, traz o mesmo chipset SM8650-AB e U Snapdragon 8 Gen 3 visto no Xiaomi 14 Ultra.

Conjunto de câmeras do Redmi Note 13 Pro 5G — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo
Conjunto de câmeras do Redmi Note 13 Pro 5G — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

Principais diferenças entre Realme e Xiaomi

A maior diferença entre Xiaomi e Realme, na prática, está no portfólio e penetração de mercado de cada uma das marcas. A Realme traz modelos intermediários-, os quais competem com alguns Redmi, Xiaomi e POCO. Todos esses modelos trabalham sob o mesmo selo, mas com uma variedade um pouco limitada. Isso porque, atuando no mercado dos “baratinhos”, a BBK já conta com a Oppo e Vivo.

Por outro lado, a Xiaomi até começou trazendo propostas mais claras para cada uma de suas sub-marcas. No entanto, atualmente os seus três selos (POCO, BlackSharks e Redmi) trazem alguns smartphones quase idênticos, oferecendo diferenças pontuais e quase imperceptíveis ao usuário. Um exemplo claro disso é o caso do POCO F3 e do Redmi K40, lançados simultaneamente com mesmo chipset, U, design, conjunto e até disposição de câmeras, variando apenas nas opções de cores.

POCO F3 x Redmi K40: lineups dentro da própria Xiaomi trazem redundância de aparelhos, apenas com estratégias de marketing distintas — Foto: Divulgação Xiaomi | POCO (Editada por Daniel Trefilio)
POCO F3 x Redmi K40: lineups dentro da própria Xiaomi trazem redundância de aparelhos, apenas com estratégias de marketing distintas — Foto: Divulgação Xiaomi | POCO (Editada por Daniel Trefilio)

Além disso, a Realme é focada apenas em smartphones, enquanto a Xiaomi fabrica os mais diversos tipos de produtos, como smart TVs, smartphones, notebooks, dispositivos para casa inteligente, aspiradores e outros tipos de eletrônicos. Também por essa razão, a Xiaomi é consideravelmente mais consolidada que a Realme no mercado tecnológico global. A Xiaomi disputa diretamente com Apple e Samsung, com lojas físicas e representação oficial em diversos países.

Variedade no mercado chinês

Por mais que a Realme esteja ficando mais famosa no mundo mobile, no mercado chinês sua relevância é bem reduzida, uma vez que ela ainda compete diretamente com várias outras marcas. Na China, além da Xiaomi, a Huawei é disparado o nome mais forte do país no segmento de smartphones. Também vemos a Lenovo, dona da Motorola, no topo dos rankings de venda.

Huawei Mate X, dobrável da marca — Foto: Pedro Vital/TechTudo
Huawei Mate X, dobrável da marca — Foto: Pedro Vital/TechTudo

A Realme tem investido pesado para ganhar espaço no mercado brasileiro. Isso porque, além de estar relativamente aquecido, nosso mercado tem um perfil de consumo que dá preferência por modelos mais baratos, mas sem abrir mão da qualidade. Essa particularidade do Brasil, inclusive, justifica a estratégia da BBK Electronics em trazer apenas a Realme e Oppo para o país, com Vivo e OnePlus de fora deste movimento — ao menos por enquanto.

Conclusão

Resumidamente, apesar de a Realme não ser da Xiaomi, a confusão não é totalmente injustificável, já que as duas marcas são chinesas, fabricam smartphones de qualidade parecida, com preços agressivos, configurações equivalentes e forte investimento em marketing. Entretanto, enquanto a Xiaomi já pode ser considerada uma gigante veterana, com perfil para enfrentar as líderes de mercado global em pé de igualdade, a Realme ainda é relativamente nova. A subsidiária vem investindo em ampliar a percepção da marca para se consolidar pelo mundo, fora da China.

Com informações de Best Xioami Products, Canalys, Counterpoint Research, GSM Arena (1, 2, 3, 4), NextPit, Quora

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