A pedido dos fãs da franquia, Final Fantasy VIII Remastered enfim chega às plataformas atuais com mudanças significativas, diferente dos recém-lançados ports de Final Fantasy VII e Final Fantasy IX, ambos sem grandes novidades. O oitavo título foi retrabalhado para proporcionar uma experiência mais moderna, embora não traga conteúdo novo.

Logo de cara, a mudança que salta aos olhos é o visual dos personagens. O estilo pixelizado foi substituído por modelos 3D caprichados, que garantem uma imersão maior e dão uma nova roupagem. Os cenários pré-renderizados, no entanto, não receberam o mesmo tratamento estético e destoam bastante da aparência renovada dos heróis.

Outro grande atrativo já implementado em outros ports de Final Fantasy é a inclusão de recursos que facilitam o progresso. Há, por exemplo, um atalho para triplicar a velocidade de navegação, algo bem útil para quem quer curtir a história sem que o ritmo seja quebrado. Também é possível restringir batalhas aleatórias durante a exploração e ainda tornar os personagens invencíveis ao alcance de um botão, com limit breaks infinitos.

Apesar de trazer gráficos superiores, o game continua na proporção 4:3, tanto nos consoles como no PC, e infelizmente não oferece opções de personalização. Com relação à jogabilidade, o combate por turnos é o mesmo de 20 anos atrás e continua excelente. A mecânica de gerenciar junctions e magias é o ponto alto das batalhas, já que o jogador não depende unicamente do nível do personagem para se dar bem.

Final Fantasy VIII Remastered entrega uma experiência acima da média entre os relançamentos atuais, ainda que não esteja livre de ressalvas. Com novos modelos de personagens e recursos que facilitam o progresso, a aventura do mercenário Squall merece ser revisitada pelos fãs e é uma ótima pedida para quem quer conhecer um dos títulos mais polêmicos da saga.

• Interface 7
• Usabilidade 9
• Performance 7
• Funcionalidade 8