A estreia do maior mascote dos videogames fora de consoles da Nintendo é a melhor possível. Com estilo gráfico e trilha sonora inspirados na franquia New Super Mario Bros., Super Mario Run recria habilmente os principais atrativos dos jogos de plataforma do personagem, com todos os canos, goombas e desafios tradicionais.

Ao longo de 24 fases em busca da Princesa Peach, o herói corre quase sem parar, cabendo ao jogador dar toques na tela para saltar, quicar pelas paredes ou planar por alguns centésimos de segundo no ar. Alguns blocos estrategicamente colocados pelo mapa fazem Mario parar por alguns segundos ou mesmo mudar sua trajetória, o que é essencial na exploração de rotas alternativas.

O design dos níveis é excepcional e premia a exploração com vários colecionáveis e desafios secretos. É uma aula de planejamento de fases, e a prova de que a Nintendo tratou o jogo como um legítimo integrante da série principal. É gratificante revisitar cada cenário tentando melhorar a sua pontuação e vencer os placares de seus amigos.

Os únicos pontos negativos são a exigência de conexão constante com a internet, o que pode atrapalhar a vida de quem planeja jogar Super Mario Run nos instáveis metrôs brasileiros, o sistema para adicionar amigos, que resgate os infames Friend Codes do DS e Wii, tornando o processo trabalhoso e pouco intuitivo, e o salgado preço de 10 dólares pelo pacote completo de fases. Ao menos não há qualquer microtransação ou anúncio no meio do jogo.

Para completar o pacote, rostos conhecidos da série como Yoshi e Toad aparecem como personagens jogáveis, e também é possível criar a sua própria versão do Reino do Cogumelo, colecionando e espalhando itens pelo mapa. Com tantos atrativos, Super Mario Run se consagra como um dos melhores jogos já lançados para dispositivos móveis, e prova o compromisso da Nintendo com o mercado mobile.

• Interface 10
• Usabilidade 10
• Performance 10
• Funcionalidade 9