Vilões do ar-condicionado: 7 coisas que atrapalham a refrigeração
Usar sempre temperaturas mais baixas, fazer alterações constantes no termostato, não limpar e errar na conta dos BTUs são exemplos de erros que podem dar dor de cabeça
O ar-condicionado pode ter seu funcionamento comprometido por uma série de fatores, mas que podem ser facilmente resolvidos. Hábitos como mudar o termostato o tempo todo, não realizar limpezas regulares, ou até mesmo usar o aparelho em temperaturas muito baixas, são exemplos de práticas que você deve evitar. Essas práticas intensificam o desgaste em componentes do dispositivo, o que pode diminuir a sua vida útil, aumentar custos de consumo de energia e manutenção, além de representar riscos à saúde do usuário.
Pensando nisso, o TechTudo separou uma lista com sete vilões do ar-condicionado, que podem atrapalhar — e muito — a refrigeração do aparelho. Além disso, trouxemos algumas dicas de como preservar o seu dispositivo.

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Como preservar seu ar-condicionado?
Para garantir uma sobrevida maior do ar-condicionado, uma das principais recomendações é usar o equipamento de forma racional. Em outras palavras, os usuários devem evitar mudanças constantes de configuração do termostato, além de não deixar o aparelho sempre na temperatura mínima. Outra dica é não deixar sistema desligado por longos períodos, já que isso pode ajudar a envelhecer os componentes do dispositivo.
Também é importante realizar limpezas regulares, sempre seguindo as orientações do fabricante. Além de uma questão de qualidade de ar e saúde, a higienização tem efeitos na redução do nível de exigência sobre o compressor e outros componentes, reduzindo estresse e prolongando a vida do produto.
Veja quais são os tópicos a serem abordados na sequência:
- Mudar demais o termostato
- Falta de limpeza
- BTUs incompatíveis
- Áreas abertas
- Temperaturas muito baixas
- Condensador bloqueado
- Inatividade por longos períodos
1. Mudar demais o termostato
O funcionamento do ar-condicionado se beneficia de condições estáveis, ou seja, se você tem um ambiente com uma temperatura equilibrada, o aparelho precisa fazer menos esforço durante seu funcionamento. Nesse sentido, o compressor é o componente submetido a maior esforço a cada ajuste do termostato. Ele é o “motorzinho” responsável pela circulação do fluido refrigerante pelo aparelho, e sua existência é praticamente indispensável.
É por conta disso que ficar alterando o termostato constantemente tem um efeito negativo na durabilidade do aparelho, pois ele terá de trabalhar com maior intensidade a cada mudança. Isso também impaca no consumo de energia, já que o gasto de eletricidade para o aparelho em atividade é muito maior do que quando mantendo a temperatura estável.

2. Falta de limpeza
Descuidar da limpeza do aparelho de ar-condicionado causa uma porção de problemas — alguns até de saúde. Mas, focando especificamente no aparelho, não limpar o dispositivo conforme as especificações do fabricante causa perda de eficiência no sistema, o que, com o tempo, também acentua desgaste e pode reduzir a vida útil.
Quando a sujeira acumula em filtros, o aparelho precisa fazer um esforço maior para circular o ar. Isso submete o compressor a um regime de trabalho mais alto, além de ter efeito negativo na sua conta de luz. Dessa forma, o ar-condicionado vai gastar mais eletricidade para realizar o mesmo trabalho que faria melhor caso estivesse limpo.
Outros problemas associados com a sujeira são: operação mais barulhenta, dificuldade de escoamento de água — em caso de fungos e sujeira acumulada na tubulação —, assim como problemas com desligamentos causados por bobinas congeladas.

3. BTUs incompatíveis
BTU é uma unidade de medida usada para medir a capacidade de refrigeração de um ar-condicionado. Por isso, se você tem um aparelho com menos BTUs do que o recomendado para o seu ambiente, alguns problemas podem acabar causando redução da vida útil do seu sistema.
Menos BTUs do que o recomendado, significa que o aparelho terá de trabalhar num nível de esforço maior para refrigerar a área. Inclusive, em muitos casos, o dispositivo pode nunca ser capaz de atingir a temperatura desejada. Com isso, o ar-condicionado fica funcionando em regime elevado por muito tempo, imprimindo um desgaste elevado nos componentes do aparelho.
O contrário também não é desejável, embora os problemas de desgaste do aparelho não sejam tão graves. Um ar-condicionado com mais BTUs do que o necessário pote até refrigerar o cômodo rapidamente, mas como o regime de condicionamento do ambiente não terá sido completado, a temperatura volta a subir rapidamente. Isso leva a um constante liga/desliga do dispositivo, o que aumenta o consumo de energia, a umidade do ambiente, além de gerar uma uma distribuição de ar frio desequilibrada pelo ambiente — alguns pontos ficam mais gelados que outros.

4. Áreas abertas
O aparelho de ar-condicionado é projetado para condicionar a temperatura de um volume definido de ar. Porém, se você liga o aparelho, mas deixa a porta ou a janela do quarto aberta, você está, na verdade, condicionando um ambiente maior do que o desejado. Inclusive, bem provavelmente seu dispositivo não tem essa capacidade toda.
Num cenário assim, o dispositivo vai operar o tempo todo, isso porque a temperatura do cômodo nunca vai chegar ao ponto ideal e estável. Com porta ou janela aberta, vai ocorrer uma troca constante de temperatura com o exterior, aumentando a média do cômodo e induzindo o ar-condicionado a trabalhar o tempo todo. O resultado é aumento do desgaste e de consumo de energia, com o detalhe de que você nunca irá tirar o melhor proveito do condicionador.
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5. Temperaturas muito baixas
Manter o dispositivo em temperaturas mínimas o tempo todo tem o efeito de elevar o estresse sobre o sistema, isso porque o ar terá de trabalhar com maior esforço por mais tempo. Como já mencionamos anteriormente, isso aumenta o desgaste dos componentes e pode diminuir a vida útil do aparelho.
Outro efeito é o aumento de consumo de energia. Temperaturas muito baixas geralmente representam uma diferença maior com o exterior, o que exige mais do ar-condicionado para chegar a esse patamar mais baixo, além de manter o ambiente nesse nível por horas a fio.

6. Condensador bloqueado
Bloquear o condensador vai fazer com que o ar-condicionado tenha que trabalhar com maior esforço para conseguir resfriar a área, inclusive com aumento da temperatura do compressor. Isso acentua o desgaste do sistema como um todo, e aumenta o gasto na conta de luz.
Se a circulação do condensador estiver bloqueada, o fluxo pode diminuir e ocorrer vazamento do fluido refrigerante. A perda desse gás diminui profundamente a eficiência do ar, representando custos altos de manutenção.

7. Inatividade por longos períodos
Desligar o ar-condicionado por meses pode ter uma série de impactos negativos. Tubos e conexões podem acabar apresentando rachaduras e defeitos, levando a vazamentos de fluido. Outro problema típico é proliferação de fungos no interior do aparelho, que podem causar odores acentuados quando você volta a usar o ar.
Dependendo do ambiente e tempo desligado, você pode também contribuir para acúmulo de poeira e detritos no interior do ar-condicionado. Como já vimos, sujeira acumulada aumenta o esforço necessário para o sistema dar conta de esfriar o cômodo, mas também pode acarretar em eventuais problemas de saúde.

Com informações de RitewayPhoenix e Iceblast
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