Nem geladeira, nem ar-condicionado: veja qual o aparelho que mais gasta luz
Apesar de consumirem muita energia, o ar condicionado e a geladeira ainda ficam para trás se comparados a um aparelho presente em muitas casas; descubra qual é e aprenda a economizar
As contas de luz estão ficando cada vez mais caras, seja pela inflação ou até pelas mudanças climáticas. Porém, enquanto falamos da geladeira, do ar-condicionado, do micro-ondas e da máquina de lavar como os principais vilões da conta de luz, muitos outros aparelhos acabam sendo ignorados e, portanto, usados de maneira errada. Com isso, o gasto com energia só aumenta, e nem sempre as pessoas conseguem identificar qual dispositivo está realmente pesando na fatura.
Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia para te ajudar a entender os fatores que influenciam o consumo de eletricidade, tanto de forma positiva quanto negativa, e também a calcular o gasto de cada eletrodoméstico. Além disso, a matéria também ensina a usar o principal responsável pelos altos valores da conta de luz do jeito certo, a fim de que não haja prejuízos para o seu bolso. Confira!

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Quando o assunto é consumo excessivo de energia, alguns aparelhos já são notoriamente conhecidos. No entanto, existe um, em particular, que pode não vir à mente de primeira, mas que acaba sendo o principal responsável pelas suas faturas de energia mais altas. Para te ajudar a entender melhor o consumo e, então, apontar o verdadeiro vilão de luz, dividimos a matéria da seguinte forma:
- Quais fatores influenciam no consumo de energia?
- Como saber o consumo de cada aparelho?
- Afinal, qual o eletrodoméstico que mais gasta energia em casa?
1. Quais fatores mais influenciam no consumo de energia?
Independentemente do eletrodoméstico, alguns dos principais fatores que influenciam o consumo de energia são os hábitos e a frequência de uso. A geladeira, por exemplo, precisa ter o termostato regulado conforme a quantidade de alimentos armazenados, além de considerar o clima do ambiente externo. Se você deixar a temperatura muito baixa enquanto ela estiver cheia, o compressor vai ter que trabalhar mais para resfriar o ar, o que acaba consumindo mais energia.

Aparelhos antigos também podem pesar na conta de luz, já que, quanto mais desatualizadas são as tecnologias e materiais, mais energia eles tendem a consumir. Além disso, fatores como potência, tamanho, capacidade e, principalmente, a classificação energética, afetam diretamente o consumo de energia dos dispositivos.
Por isso, na hora de escolher um eletrodoméstico, pense no que você realmente precisa. Se sua casa é pequena e você mora sozinho, por exemplo, uma geladeira de 300 L pode ser suficiente, assim como uma máquina de lavar de 8 kg. Priorize modelos com boa eficiência energética, que sejam lançamentos recentes e tenham o selo Procel ou Conpet de eficiência.
2. Como saber o consumo de cada aparelho?
Como mencionado anteriormente, para entender o gasto de energia de cada eletrodoméstico, é importante considerar fatores como potência, capacidade e hábitos de uso. O cálculo mensal deve ser feito com base na potência do aparelho, medida em watts (W). O resultado será em quilowatts-hora (kWh), por isso, é necessário dividir o valor por 1000 para converter de watts para quilowatts (kW), já que 1 W = 0,001 kW.

Depois, é preciso saber a média de horas que o aparelho é usado por dia e multiplicar esse tempo pelos 30 dias do mês. Com todos esses dados, aplique a seguinte fórmula: consumo (kWh) = potência (kW) x tempo (h). Em seguida, consulte o preço do kWh na sua região e multiplique pelo resultado do cálculo. Os valores estão disponíveis no site da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e variam conforme o estado.
3. Afinal, qual o eletrodoméstico que mais gasta energia em casa?
Ao contrário do que a maioria dos consumidores pensa, o eletrodoméstico que mais gasta energia em casa não é a geladeira ou a máquina de lavar roupa, e sim o chuveiro elétrico. Por ser um aparelho de porte pequeno e de uso individual, se engana quem pensa que ele não é o principal vilão da conta de luz.
Os chuveiros elétricos são uma invenção brasileira, capazes de aquecer a água por meio de um sistema de circuito fechado. Esse sistema a uma corrente elétrica pelas resistências do aparelho, o que faz com que a energia de saída seja menor que a de entrada. A corrente restante é convertida em calor, aquecendo a água.

A potência da resistência elétrica está diretamente relacionada ao consumo de energia. Ou seja, quanto mais potente for a resistência, mais energia o chuveiro vai consumir. Por exemplo, em uma casa com muitos moradores, um modelo de 6.800 W usado por 60 minutos (1 hora) por dia pode ter um consumo mensal de 204 kWh. Multiplicado pela tarifa de energia atual do estado do Rio de Janeiro, o gasto seria de R$ 153,81.
Por outro lado, uma máquina de lavar com potência de 900 W, usada uma vez ao dia em ciclos de 120 minutos (2 horas), terá um consumo mensal de 54 kWh, o que resulta em um gasto de R$ 40,71. Já para calcular o consumo diário da geladeira, é preciso dividir sua potência por três. Assim, se o modelo tem 300 W de potência, a base do cálculo será de 100 W, que deverá ser multiplicado por 24 horas.
Como economizar usando o chuveiro elétrico?
A primeira recomendação para economizar energia usando o chuveiro elétrico é evitar banhos muito longos. Afinal, quanto mais tempo o aparelho ficar ligado, mais energia ele vai consumir.Além disso, ajuste a temperatura do chuveiro conforme o clima. Ou seja, em dias quentes, prefira tomar banho frio ou, no máximo, morno. Reserve os banhos mais quentes para os dias frios do inverno.

Vale lembrar que, no mercado nacional, já existem modelos de chuveiro elétrico que permitem ajustar a potência para aquecer a água, e não apenas escolher entre duas ou três temperaturas pré-definidas. Embora esses modelos tenham um preço mais elevado, podem ser um bom investimento a longo prazo, pois são mais eficientes e ajudam a reduzir os gastos com a conta de energia elétrica.
Com informações de ANEEL, Renewable Energy World e GreenMatch.
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