Conclave é real? Tudo que o filme te conta e vai acontecer de verdade agora
A produção mostra os bastidores da sigilosa eleição de um novo Papa e pode ajudar a entender o que vai acontecer na vida real; veja mais detalhes
Conclave é um filme que mostra os bastidores do que acontece na Igreja Católica durante a eleição de um novo Papa e tem repercutido bastante após o falecimento do Papa Francisco, no último dia 21 de abril. Disponível no catálogo do Amazon Prime Video, o longa conta a história de um cardeal designado para organizar a escolha do próximo líder, isso enquanto lida com uma rede de conspirações e segredos. Apesar de ter base em fatos, o filme utiliza alguns elementos de ficção na narrativa e deixa muitas dúvidas sobre o que é real ou não durante o conclave. Com atuações de Ralph Fiennes (A Lista de Schindler) e Stanley Tucci (O Diabo Veste Prada), o projeto venceu o Oscar de Melhor Adaptação, inspirado no best-seller do romancista inglês Robert Harris.
Para ajudar você a entender se o filme pode, de fato, ser usado de base para saber o que acontece agora na eleição do novo Papa, o TechTudo preparou um guia com informações do filme dirigido por Edward Berger (Nada de Novo no Front). Confira a seguir e cuidado com spoilers!

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Na lista organizada pelo TechTudo, você vai encontrar as principais curiosidades sobre a eleição de um novo Papa, com base no filme Conclave. São elas:
- Conclave é baseado em fatos reais?
- A eleição do filme Conclave é fiel à realidade?
- Quarto do Papa é selado
- Disputa política na Igreja e tensão entre fiéis
- Cardeais isolados do mundo
- Eleição apenas com 2/3 dos votos
- Fumaça dos cartões de votação
- Votação dura alguns dias
- Já aconteceu um atentado durante o conclave?
- Trailer de Conclave
Conclave é baseado em fatos reais?
O filme Conclave é um suspense que conquistou o público e a crítica ao retratar nas telonas o evento mais importante da Igreja Católica: a eleição de um novo Papa. A trama acompanha um cardeal influente que fica responsável por organizar a votação e, durante o processo, descobre segredos sombrios que podem gerar um grande escândalo. Embora traga diversos elementos reais sobre o rito, a história central do longa Conclave não é baseada em fatos reais, e sim no romance escrito pelo autor britânico Robert Harris.
No entanto, vale dizer que, apesar das conspirações e escândalos do filme serem fruto da ficção, o roteirista Peter Straughan (O Espião Que Sabia Demais) revelou ao portal USA Today que o Vaticano permitiu à equipe do filme realizar uma visita privada e uma pesquisa nos palácios da Igreja antes do início das filmagens. Além disso, foram realizadas entrevistas com diversos cardeais, sem envolver diretamente a instituição.

A eleição do filme Conclave é fiel à realidade?
De acordo com alguns especialistas ouvidos pelo portal The Guardian, o filme possui mais acertos do que erros sobre o procedimento do conclave — que é bastante sigiloso na vida real. Segundo a historiadora do catolicismo, Kathleen Sprows Cummings, em Notre Dame, a produção do longa acerta em muitos detalhes. A pesquisadora ainda comenta que "Foi notável a maneira como eles pegaram algo que é secreto e realmente acertaram em grande parte", disse a historiadora.

Quarto do Papa é selado
Após a morte do líder religioso da Igreja Católica, a instituição decreta a Sé vacante, e assim como na obra de ficção do filme, os aposentos do Papa são selados. O o ao local fica vetado até que ocorra a eleição do novo pontífice. Além disso, tanto na vida real quanto no longa, o aposento é fechado com a agem de um laço vermelho em ganchos na porta. Em seguida, o laço é selado com cera.
Disputa política na Igreja e tensão entre fiéis
Embora não seja tão sombrio quanto a narrativa do filme, o evento do Conclave, na vida real, também envolve aspectos políticos e interesses que mexem com os ânimos de milhões de fiéis ao redor do mundo. Entre o corpo de cardeais votantes, há divergências de ideias basilares sobre os rumos que a Igreja Católica deve seguir em relação às pautas do mundo moderno como casamentos homoafetivos, direitos das mulheres, conflitos bélicos e tantas outras questões. Os candidatos costumam se dividir entre moderados, liberais e conservadores.

Cardeais isolados do mundo
Assim como é mostrado no filme — e acontece em júris tradicionais — os 235 cardeais católicos romanos precisam ficar isolados antes da votação e só podem interagir entre si após uma autoridade designada pelo Vaticano dizer as palavras "extra omnes" (ou "todos fora"). Além disso, é vedada qualquer comunicação com o mundo exterior para não haver influência nos votos.

Eleição apenas com 2/3 dos votos
Segundo as regras do Conclave, para que o novo Papa seja escolhido é necessário que o candidato ao posto receba 2/3 dos votos totais. Vale dizer que, após estarem reunidos para a eleição do próximo papa, os cardeais podem votam até quatro vezes por dia, principalmente no primeiro ou segundo dia do rito, para determinar aqueles candidatos que têm maior probabilidade de conquistar a maioria dos votos.
Fumaça dos cartões de votação
Assim como é exposto no filme, durante a votação do Conclave, cada cardeal, um a um, deve colocar sua cédula dobrada sobre um prato redondo e, em seguida, lançá-la em uma urna oval. Enquanto realizam esse procedimento, eles devem recitar um juramento. As cédulas utilizadas são costuradas com agulha e linha, para, em seguida, serem queimadas com um produto químico específico que emitirá fumaça preta, em caso de ime, ou branca, significando “habemus papam” — “temos um papa”.
Votação dura alguns dias
A votação no Conclave começa após um dia inicial dedicado a missas e orações, podendo já haver uma primeira votação se as cerimônias religiosas terminarem cedo. A partir daí, são realizadas até quatro votações por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Se na hipótese de em até três dias não houver um novo Pontífice eleito, o colégio de cardeais deve pausar o processo para mais orações e reflexões.
Caso haja necessidade, o rito continua com mais rodadas de votação, seguidas por novas pausas. Em geral, Conclaves modernos costumam durar no máximo quatro dias. As orações são consideradas essenciais, pois a escolha do Papa é entendida como guiada pela vontade divina.
Já aconteceu um atentado durante o conclave?
Embora alguns atentados já tenham ocorrido contra Papas ao longo dos anos, não há registros de ataques à integridade dos cardeais durante o período de conclave.
Trailer de Conclave
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