Além disso, a tela dos aparelhos ficou maior, com um display de 6,3 polegadas no iPhone 16 Pro, e de 6,9” no iPhone 16 Pro Max. Todos os novos modelos contam com revestimento cerâmico de segunda geração, mais resistente a riscos e marcas de uso, apresentando nível 6 de dureza na escala Moh. Isso significa que, mesmo sem uma película, as telas só podem ser arranhadas por materiais de ligas metálicas ou mais duros que isso. No entanto, elas ainda estão sujeitas a quebra se submetidas a quedas ou pancadas fortes. Logo, capas de proteção e películas continuam sendo recomendadas.
O conjunto de câmeras dos modelos topo de linha, Pro e Pro Max, também recebeu atualização: a resolução da grande angular (ultrawide) saltou de 12 para 48 MP. Além disso, o modelo Pro ganhou zoom de 5x em sua teleobjetiva — até então só disponível no iPhone 15 Pro.
Mesmo com as melhorias, as câmeras obtiveram praticamente a mesma pontuação dos iPhone 15 no ranking anual da DXOMARK, ao menos neste primeiro momento. É preciso ressaltar que o processo de tirar fotos com smartphones depende tanto das lentes e sensores quanto dos softwares embarcados de pós-processamento de imagem. Sendo assim, nada impede que atualizações do iOS 18 ou de sistemas posteriores tragam funcionalidades novas que aprimorem esse resultado no futuro, mas, no momento, elas trazem o mesmo desempenho da geração anterior.
Ainda sobre as câmeras, o iPhone 16 recebeu um botão capacitivo dedicado para tirar fotos, ajustar nível do zoom e outros controles. O dispositivo, que aparece em todos os modelos, também garante mais estabilidade ao fotografar.
A conectividade de rede do novo iPhone também recebeu um upgrade considerável em todos os modelos, substituindo o padrão Wi-Fi 6/6E pelo novo Wi-Fi 7, mais rápido, seguro e com tecnologias exclusivas para reduzir latências e melhorar a modulação do sinal. Esta, inclusive, é possivelmente a principal vantagem dos novos aparelhos, que já chegam prontos para se beneficiar do novo padrão de redes sem-fim assim que eles começarem a se popularizar.
O Brasil é o segundo país do mundo com o iPhone mais caro em relação ao valor de referência do mercado estadunidense, ficando atrás apenas da Turquia. Grande parte desse preço elevado é fruto de uma combinação de impostos e tarifas de importação, mas a Apple também tem a prática de vender seus dispositivos naturalmente mais caros em algumas regiões, e o Brasil está nesta lista.
Por essa razão, importar o iPhone 16 pode ser uma alternativa para economizar. Entretanto, fazer isso legalmente e de forma segura também implica em alguns custos — e riscos — que vão além da simples conversão direta do preço para reais.
O primeiro ponto de atenção é o Imposto de Importação (II), que pode chegar a 60% do valor do iPhone 16 e do frete combinados. Considerando o que o iPhone 16 Pro Max foi lançado por US$ 1.599, ou aproximadamente R$ 8.700 em conversão direta, apenas esse imposto já eleva o valor do aparelho para R$ 13.920. Se aplicarmos a este preço ajustado o ICMS obrigatório, que pode chegar a 17%, o valor total a de R$ 16 mil, ficando até mais caro do que o aparelho vendido na loja oficial da Apple no Brasil.
A importação do iPhone 16 só faz mais sentido para brasileiros que já estejam em viagem no exterior, e tragam o aparelho como de uso pessoal. Isso significa que ele deve estar fora da caixa, com marcas de uso, e o declarante não deve possuir outro celular “reserva”. Caso contrário, o aparelho precisa ser declarado e, dependendo do modelo, ultraa o limite de US$ 1.000 da cota de isenção. Incide, então, uma tarifa de 50% sobre o valor excedente e multa em caso de tentativa de entrar no país sem declarar. É preciso estar atento também aos impostos locais sobre venda de produtos, que variam conforme o estado nos EUA, sendo de 4,35% nos Havaí, por exemplo, e de 8,49% em Nova Iorque.
Por mais que isso pareça estranho, os Estados Unidos não são o país no qual o iPhone 16 tem o menor preço de lançamento pensando na conversão direta para o real. A precificação dos produtos varia não apenas conforme o valor da moeda local em relação ao dólar, mas também seguindo incentivos fiscais e concorrência de outros produtos na região. Sendo assim, não é de se estranhar que de tempos em tempos um mesmo produto esteja mais barato em outros países que não nos EUA.
No dia 17 de setembro, por exemplo, o iPhone 16 de 128 GB estava custando R$ 4.755,87 (5.999 yuans) na China, e R$ 4.953,56 (124.800,00 ienes) no Japão, contra R$ 4.964,86 pela conversão direta dos US$ 799 do dia. Pelos valores da última quinta-feira (26), a lista de preços do iPhone 16 nos principais mercados internacionais era a seguinte:
Outra forma de economizar comprando no Brasil é aproveitando as promoções de lançamento realizadas pelas operadoras de telefonia ou lojas parceiras da Apple. Para clientes TIM com plano TIM Black Família 100 GB com Apple One, o iPhone 16 de 128 GB, que originalmente custa R$ 7.799, recebe um desconto de R$ 2,8 mil, caindo para R$ 4.999. Já o iPhone 16 Pro com mesmo armazenamento cai de R$ 10.499 para R$ 7.499 — desconto de R$ 3 mil.
Para quem estiver trocando de aparelho, alguns programas de economia circular, como o Plano de Troca do Mercado Livre, podem oferecer descontos de R$ até 4 mil dependendo do modelo. Apesar de a opção ainda estar indisponível no momento da publicação desta matéria, o iPhone 16 Pro de 1 TB já está listado como produto como participante do programa. Como a maioria dos bancos já operam com serviços de adicionais como promoções exclusivas para clientes em sites parceiros, ainda é possível encontrar descontos nos próprios aplicativos de bancos como Itaú e Nubank, com parcelas menores, planos de e cashback.
A principal dica para economizar é, antes de ar a loja oficial da Apple, entrar em contato com sua operadora de telefonia, ou verificar os aplicativos de bancos, e conferir se não há alguma promoção de lançamento para os novos iPhones liberada para clientes.
Caso não encontre uma promoção com condições que lhe agradem, ou os estoques disponíveis já tenham se esgotado, a solução é comprar na loja oficial da Apple. Nela é possível definir exatamente qual a capacidade de armazenamento e cor desejada para seu novo iPhone, e os estoques costumam ser um pouco maiores do que nos revendedores parceiros.
Por fim, uma solução muito interessante, principalmente para quem tem um iPhone mais antigo, é aproveitar o corte de preço da geração anterior, principalmente os modelos topo de linha iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max. Isso porque, mesmo com SoC A17, eles ainda vão receber praticamente todas as inovações de IA embarcada com a atualização para o iOS 18. Além disso, mesmo com uma câmera grande angular de apenas 12 MP, seu desempenho é praticamente o mesmo do das novas câmeras com sensores de 48 MP. Assim, o tamanho da tela é a única diferença, de fato, significativa.
Já para o iPhone 15 e iPhone 15 Plus, a situação muda de figura, pois eles contam com um processador A16 mais defasado — cerca de 30% mais lento que os A18 do iPhone 16. Por essa razão, inclusive, eles não vão receber o Apple Intelligence, mesmo após a atualização para o iOS 18. Se isso não for um problema, eles ainda são excelentes aparelhos e já estão custando a partir de R$ 6.499 na loja da Apple, ou até menos em revendedores parceiros.
Com informações de Apple, G1, iPhone Worldwide, Mercado Livre, O Globo, TIM
Nota de transparência: o TechTudo mantém uma parceria comercial com lojas parceiras. Ao clicar no link da varejista, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques. Os valores indicados no texto são referentes ao mês de setembro de 2024.
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