Montando sua cozinha? Saiba escolher eletrodomésticos com bom custo-benefício
Gastar pouco é bom, mas é preciso ter cuidado para o barato não sair caro! Por isso, trouxemos 8 dicas para te ajudar a escolher produtos de qualidade e não se arrepender
Equipar uma cozinha nova exige investimento, e fazer escolhas inteligentes é crucial nesse processo. Na teoria isso é fácil, mas na prática, estão pipocando produtos e promoções no mercado o tempo todo, causando uma confusão na hora da escolha. Muitos consumidores frequentemente compram por impulso ou baseados apenas no preço, sem considerar o valor real do produto a longo prazo. Porém, decisões ruins nessa hora comprometem não apenas o orçamento atual, mas também sua experiência diária na cozinha pelos próximos anos.
Por isso, é bom saber como agir, e em quais aspectos ficar atento antes de comprar um eletrodoméstico para sua cozinha. A seguir, você confere um guia do TechTudo com oito dicas simples e práticas, a fim de te ajudar a montar uma cozinha funcional e moderna, mas sem comprometer seu orçamento.
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Como escolher eletrodomésticos com bom custo-benefício?
Em geral, a relação custo-benefício se balanceia entre entender o que é necessário para obter um produto, o quanto você está disposto a pagar por ele, e a recompensa que essa escolha irá proporcionar. Dessa forma, a seguir, você encontrará um guia com oito dicas que te ajudarão a chegar neste cálculo mental. São elas:
- Estabelecer o orçamento possível
- Fiscalizar o preço dos produtos desejados
- Dar preferência para marcas de confiança
- Avaliar se todas as funções do aparelho são necessárias
- Conferir a eficiência energética
- Ler opiniões sobre o produto em marketplaces
- Verificar a garantia oferecida
- Considere o preço de manutenção
1. Estabelecer o orçamento possível
Parece óbvio, mas muita gente pula essa etapa e acaba no vermelho antes mesmo de terminar a cozinha: comece com números claros e defina quanto pode gastar. Estipule um valor máximo para cada aparelho baseado na sua importância e frequência de uso – quanto mais você usa um equipamento no dia a dia, mais vale a pena investir um pouco mais nele e garantir qualidade.
Ranqueie uma ordem de prioridade, comprando primeiro os equipamentos essenciais, como geladeira, fogão e micro-ondas. Se necessário, monte sua cozinha por etapas se necessário, pois é melhor ter poucos aparelhos que atendam a suas necessidades, do que muitos de desempenho duvidoso, que vão te deixar na mão rapidinho ou virar entulho em pouco tempo.
Lembre-se, também, que alguns aparelhos exigem gastos extras de instalação que muita gente esquece de calcular. Neste quesito, reserve uma margem para imprevistos, sendo cerca de 10% do valor total uma boa medida. Parece preciosismo mas não é: isso evita estresse quando algo custa mais do que o esperado, um aparelho precisa de uma adaptação ou quando surge aquela taxa extra de entrega.

2. Fiscalizar o preço dos produtos desejados
Não se deixe enganar pelo primeiro valor que vê: a pesquisa compensa, podendo te fazer economizar muito no orçamento planejado. A verdade é que os preços variam muito de uma loja para outra, e o mesmo modelo pode custar muito mais, dependendo de onde você compra. Uma boa pedida é acompanhar o histórico de preços por algumas semanas antes de comprar, pois algumas lojas aumentam valores dias antes de uma promoção, depois baixam e anunciam como grande desconto, criando a famosa "falsa promoção" que pega muita gente desprevenida.
Para não sair nessas ciladas, use sites e extensões como Keepa, um rastreador de preços que permite monitorar os valores dos produtos vendidos pela Amazon. Fique atento, também, às diferenças sutis entre modelos similares, pois por uma pequena diferença de preço, você leva um aparelho muito superior gastando pouquíssimo a mais. Mas, se já estiver com a decisão realmente tomada sobre qual produto comprar, inscreva-se no alerta de preços para receber o aviso quando ele entrar em promoção de verdade, sem precisar ficar checando os sites todos os dias.

Mas se você quiser economizar pra valer, planeje-se de acordo com o calendário promocional do comércio brasileiro. Black Friday, Natal, Semana do Consumidor e outras datas comemorativas podem trazer boas oportunidades de ofertas. Por fim, uma dica extra que poucos falam: algumas lojas também fazem liquidações sazonais para renovar estoque, sendo janeiro e julho os meses costumam ter preços mais baixos para vários eletrodomésticos.
3. Dar preferência para marcas de confiança
Marcas estabelecidas ganham reputação por um motivo: seus produtos geralmente duram mais, oferecendo melhor desempenho no dia a dia da cozinha. Isso não quer dizer que você precisa comprar as marcas mais caras do mercado, mas sim aquelas com histórico comprovado de qualidade ao longo dos anos. Nomes como Brastemp, Electrolux e Mueller têm décadas na área de eletrodomésticos, e construíram sua credibilidade com o tempo; isso conta muitos pontos na hora da escolha, especialmente para aparelhos que você usa diariamente.
Também é importante pesquisar o histórico de cada fabricante, pois algumas marcas brilham em certas categorias específicas. Por exemplo: uma empresa pode ser excelente em geladeiras, mas mediana em fornos; outra pode liderar em fogões, mas decepcionar em frigobar. Essa pesquisa pode ser feita em grupos em redes sociais e fóruns especializados.
Como plus, considere a disponibilidade de assistência técnica na sua região. A questão principal é: quão fácil e barato será resolvê-los quando chegar a hora? Marcas obscuras ou importadas, sem representação oficial no Brasil, podem deixar você na mão justamente quando mais precisar delas. Enquanto isso, fabricantes populares têm rede de atendimento mais ampla, e encontrar peças de reposição também é mais fácil e rápido quando o inevitável acontece.
4. Avaliar se todas as funções do aparelho são necessárias
Às vezes, eletrodomésticos modernos podem ser confusos e ostensivos, cheios de botões, luzes, displays digitais e funções que, sejamos sinceros, você talvez nunca use na vida. Mas por quê isso é importante na hora de comprar um aparelho? Pois cada recurso extra aumenta o preço final. Assim, seja honesto consigo mesmo na hora da compra: você realmente precisa de uma geladeira que toca músicas e se conecta à internet, ou de um micro-ondas com 200 programas diferentes quando você só esquenta marmita e pipoca? A maioria das pessoas usa apenas as funções básicas dos aparelhos, mesmo pagando por todas as outras.

Além do custo menor, aparelhos mais simples tendem a durar bem mais, pois têm menos componentes eletrônicos que podem falhar com o tempo e o uso – e quando estraga, o reparo tende a ser mais barato. A verdade é que um micro-ondas mecânico básico pode durar facilmente 15 anos ou mais, enquanto modelos digitais cheios de funções raramente am dos 5 anos sem problemas, e isso acontece pois cada circuito eletrônico adicional é um ponto potencial de falha.
5. Conferir a eficiência energética
A etiqueta do Inmetro não é apenas um adesivo colorido na lateral do produto, pois é um guia valioso para sua economia a longo prazo. Aparelhos classe A consomem significativamente menos energia e, embora possam custar um pouco mais inicialmente, compensam a diferença no longo prazo. E certos eletrodomésticos merecem atenção especial neste quesito, como geladeiras, freezers, ar-condicionado e máquinas de lavar, que tendem a ser os maiores consumidores de energia elétrica da casa.
Optar por aparelhos com a tecnologia Inverter, por exemplo, pode ser uma boa pedida. Isso porque aparelhos com este sistema ajustam automaticamente a potência conforme a necessidade do momento. Ou seja, não ficam ligando e desligando como os convencionais, resultando em mais economia na conta de luz e menos desgaste das peças internas - durabilidade e economia juntas.

6. Ler opiniões sobre o produto em marketplaces
As avaliações de outros consumidores são muito interessantes quando se trata de escolher eletrodomésticos, afinal, elas revelam problemas que nenhum vendedor jamais mencionará, mostram falhas recorrentes e destacam pontos fortes verdadeiramente relevantes. Pode até ser um pouco chato, mas vale a pena dedicar um tempinho a esta etapa de pesquisa, em especial, nas grandes lojas on-line como Amazon, Mercado Livre e Casas Bahia. Preste atenção em reviews de quem usa o produto há mais de 6 meses, pois o desempenho inicial raramente apresenta problemas. Fique atento a pontos como:
- Busque padrões nas reclamações. Se cinco pessoas mencionam a mesma falha no motor da lavadora, por exemplo, não é coincidência, mas sim um problema real do modelo.
- Dê mais peso às avaliações detalhadas com fotos e descrições específicas. Comentários genéricos como "Gostei muito" ou "Não recomendo" sem explicações pouco ajudam.
- Procure opiniões específicas sobre o atendimento pós-venda e facilidade de manutenção, pois um bom e técnico faz toda diferença quando surgem problemas inesperados.
7. Verificar a garantia oferecida
A garantia é um espelho da confiança que o próprio fabricante tem no seu produto. Períodos longos geralmente indicam eletrodomésticos feitos para durar. O padrão do mercado brasileiro é 12 meses, então qualquer coisa além disso já é um indicativo que deve ser considerado. Para se ter uma ideia, algumas marcas chegam a oferecer até 10 anos para certos componentes essenciais. Por outro lado, garantias muito curtas ou recheadas de restrições nas letras miúdas são sinais de alerta que, em hipótese alguma, devem ser ignorados.

Sobretudo, se o eletrodoméstico for um dos mais caros que comprará, vale a pena verificar cuidadosamente se a cobertura inclui peças e mão de obra. Afinal, muitas vezes, o fabricante fornece a peça gratuitamente, mas você paga pela instalação – o que pode custar bem caro dependendo do componente. Ainda nesse cenário, guarde bem a nota fiscal e o certificado de garantia, pois sem eles, você não consegue acionar o e quando mais precisar.
8. Considerar o preço de manutenção
Muitas pessoas compram aparelhos mais caros pensando nos benefícios, mas esquecem que podem não ter dinheiro para bancar seus reparos. Nesse sentido, são considerados custos de manutenção todos os gastos financeiros utilizados para manter o funcionamento dos aparelhos. Isso significa que o custo real de um eletrodoméstico vai muito além de seu preço na compra, pois se uma peça comum de reposição custar muito caro, talvez valha a pena investir em outro modelo com manutenção mais ível.
Por fim, pesquise sobre a durabilidade média do modelo específico que você está considerando. Em especial, considere a complexidade dos reparos quando algo inevitavelmente der problema: aparelhos cheios de eletrônica e tecnologia embarcada exigem técnicos altamente especializados, e isso encarece significativamente o serviço quando a garantia acaba. Modelos mais simples e diretos, por sua vez, permitem consertos mais baratos e até mesmo soluções caseiras para problemas básicos.

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