Honor Magic V3: testamos o dobrável ultrafino da fabricante chinesa
Magic V3 é um dos celulares dobráveis mais finos do mundo e entrega boas câmeras e bateria com processador topo de linha; confira detalhes sobre os testes feitos com o aparelho

O Magic V3, celular dobrável da Honor, começou a ser vendido oficialmente no Brasil nesta terça-feira (3). A fabricante chinesa, que chegou ao país em janeiro, já havia anunciado que o modelo topo de linha seria disponibilizado em 2025, mas ainda faltava uma data oficial. O aparelho, lançado na China no ano ado, chama atenção por ser considerado um dos dobráveis mais finos do mundo e será vendido pelo preço inicial de R$ 19.999.
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Além do design, tem processador potente, câmeras de alta resolução e bateria que promete longa duração. A convite da empresa, o TechTudo teve a possibilidade de testar o aparelho durante o Mobile Word Congress (MWC), realizado em Barcelona, nas Espanha e nas semanas seguintes ao evento. A seguir, confira as principais impressões sobre o modelo.

Honor Magic V3: testamos o dobrável ultrafino da fabricante chinesa
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Ficha técnica do Honor Magic V3
- Tela interna: 7,92" LTPO OLED, 120 Hz, 2K (2.344 x 2.156 pixels)
- Tela externa: 6,43" OLED, 120 Hz, 2K (2.376 x 1.060 pixels)
- Processador: Snapdragon 8 Gen 3
- RAM: 12 GB ou 16 GB
- Armazenamento: 256 GB, 512 GB ou 1 TB
- Câmera traseira: 50 MP (principal, com abertura f/1,6) + 50 MP (telefoto, com zoom 3,5x, OIS, abertura f/3.0) + 40 MP (ultrawide, com abertura f/2.2)
- Câmera frontal: 20 MP (interna, f/2.2) + 20 MP (externa f/2.2)
- Bateria: 5.150 mAh com carregamento rápido de 66 W
- Sistema: Android 14 (sob MagicOS 8.0)
- Peso: 226 g
- Dimensões: 156,6 x 145,3 x 4,35 mm (aberto) e 156,6 x 74 x 9,2 mm (fechado)
Design
O grande destaque no design do Magic V3 é a espessura fina do aparelho. Ele já esteve no pódio de dobrável mais fino do mundo, título perdido recentemente para o Oppo Find N5. Ainda assim, quando fechado, o celular fica praticamente do tamanho de um modelo tradicional, bastante confortável para levar por aí.

Quando aberto, são 4,35 milímetros de espessura. Fechado, essa numeração chega a 9,2 milímetros. Para ter uma referência, o Galaxy S24 Ultra, da Samsung, tem 8,6 milímetros de espessura. Além disso, ele também é leve. São 226 gramas no total. Um iPhone 15 Pro Max, por exemplo, pesa 221g.
Na minha experiência, achei que o tamanho é ótimo para navegar pelos aplicativos e assistir vídeos, mas senti dificuldade de usar o aparelho com uma mão só. Eu estava sempre usando a outra mão para dar mais e na pegada, mesmo com ele fechado.
Tela
As telas interna e externa do Magic V3 são OLED, com ótima resolução e brilho. A tela mais usada no dia a dia é a externa, que chega a 5 mil nits, valor suficiente para enxergar o que você está fazendo mesmo em um lugar aberto com bastante luz.

O vinco na tela interna também não me incomodou. Ele é super discreto, e a dobradiça me pareceu bem resistente. Segundo os testes da Honor, ela aguenta mais de 500 mil dobras sem problemas. Já testei outro dobrável cuja dobradiça criava um vinco mais perceptível no visor, o que não aconteceu aqui.

No geral, a transição entre as telas é bem fluida, mas aconteceu de alguns apps apresentarem um bug ou outro quando eu estava na tela externa e depois abria a dobrável. A aplicação apareceu mais comprida ou esticada no lugar errado. No geral, foi só fechar e abrir de novo para voltar ao normal.
Vale destacar que o celular já sai da caixa com uma película de proteção que não deve ser retirada, conforme orientação da fabricante. O produto também acompanha uma capinha com uma estrutura que protege a câmera, mas também serve como e para deixar o celular em pé — um ponto super positivo, já que é mais difícil encontrar capas de dobráveis no mercado.
Câmera

O conjunto de câmeras do Magic V3 é bom, o que é esperado para um topo de linha. O principal destaque está no sensor principal de 50 MP e na lente periscópio, também com 50 MP. O aparelho ainda oferece uma terceira lente (ultrawide de 40 MP) na parte traseira. No geral, as cores das fotos são vivas, sem parecerem artificiais, e a precisão nos detalhes deixou os registros muito bonitos. Graças à ajuda de Inteligência Artificial, a câmera se sai bem até com registros em movimento e locais mais escuros.
Sendo bem detalhista, porém, senti que algumas imagens ganharam um efeito que lembravam tinta a óleo, um sombreado a mais. Não me incomodou porque o resultado completo me agradava bastante. Para quem é bem minucioso, talvez valha desativar os comandos que melhoram a foto com IA. O Zoom óptico é de 3,5x e o digital chega a 100x. Este segundo, porém, dificilmente vai gerar imagens muito satisfatórias, devido à perda de nitidez.
Veja fotos tiradas com o dobrável Honor Magic V3


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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/TechTudo


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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/TechTudo
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Foto testando o efeito macro da Cãmera do Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/TechTudo

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Teste de câmeras com o Honor Magic V3 — Foto: Gisele Barros/TechTudo
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Foto com o Honor Magic V3 foi fiel as cores de uma dia nublado — Foto: Gisele Barros/TechTudo

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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/TechTudo
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Teste do Zoom de 100 vezes do Magic V3. Esse é um detalhe do mesmo ângulo da foto anterior— Foto: Gisele Barros/TechTudo

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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor, em ambiente norturno — Foto: Gisele Barros/TechTudo
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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/TechTudo

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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/TechTudo
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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Reprodução/TechTudo

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Foto tirada com o Magic V3, celular dobrável da Honor — Foto: Gisele Barros/Techtudo
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Foto tirada com o Honor Magic V3 ficou com um leve efeito de tinta a óleo — Foto: Gisele Barros/TechTudo
Um das funções que mais gostei foi a possibilidade de gravar selfies usando a câmera traseira. Você ativa a lente com o celular aberto e aperta o botão para ele trocar o visor para a tela da frente. Assim, é possível gravar e tirar fotos com a resolução máxima.
De primeira, enquadrei a imagem errado, já que a lente fica mais na lateral, mas é fácil se acostumar. Usei muito esse recurso durante a cobertura da MWC, quando precisava gravar vídeos e stories no formato selfie. Adorei a qualidade das imagens. O celular filma em 4K até nas câmeras frontais da tela externa e da tela dobrável.
Desempenho e bateria
O Magic V3 é equipado com o Snapdragon 8 Gen 3, um processador topo de linha que vai dar conta das tarefas no celular sem travar. No período que testei, não tive problemas, e o aparelho deve se manter assim a médio e longo prazo. Os 12 GB de RAM e os 512 GB de armazenamento também garantem espaço para rodar apps e jogos sem problemas.
A bateria de silício carbono de 5.150 mAh dá conta de um a dois dias de uso e também carrega rápido, com e à potência de 60W. O carregador de 60W, que já vem na caixa, levou o celular de 0 a 100% em menos de uma hora. A fabricante pede para deixar o celular aberto para carregar as duas baterias mais rápido.

Recursos de inteligência artificial
O cancelamento de ruído do vídeo é um recurso de Inteligência Artificial muito útil para quem precisa gravar em locais movimentados e com ruído. Usei a ferramenta diversas vezes durante a cobertura na feira.
Senti que, em alguns locais muito cheios e com muitas vozes ao redor, a edição acabou deixando um fundo um pouco metalizado na minha voz, tirando um pouco da naturalidade da gravação. A ferramenta ajuda muito, mas não faz milagre. Sei que o ideal seria usar um microfone.
Para fotos, o celular faz recortes e apaga objetos indesejados das imagens. Além disso, também consegue expandir fotos para preencher a proporção desejada ou preencher objetos cortados.

Vale a pena?
Apesar de o Magic V3 ser um smartphone competente, não vale a pena comprar o dobrável da Honor por conta do preço de R$ 19 mil. O principal concorrente desse modelo é o Galaxy Z Fold 6, da Samsung, que pode ser encontrado até por menos de R$ 10 mil. Ambos têm o mesmo processador, mas as câmeras do celular da Honor tem resolução maior, e a bateria também ganha na capacidade. No vídeo, a Samsung vence ao oferecer a resolução 8K. São diferenças sutis, que não vão justificar o distanciamento tão grande de preço.

No geral, o celular dobrável não é um tipo de aparelho para quem busca custo-benefício. A tecnologia necessária para construir esse tipo de design é cara, e o custo é reado para o consumidor. A tela dupla não é uma característica indispensável para a maioria das pessoas, mas pode fazer diferença para quem gostaria de ter uma tela de tablet ocasionalmente sem precisar carregar um segundo aparelho por aí.