Seu vibrador inteligente pode sofrer ataque hacker? Entenda riscos
Violação de dados pode acontecer por falhas na criptografia ou por outros problemas. Entenda como um vibrador inteligente pode ser invadido e saiba como se proteger.
Por Vitória Bernardes, para o TechTudo

Vibradores e outros brinquedos sexuais estão cada vez mais tecnológicos. Hoje em dia é possível controlá-los por meio de aplicativos ou conectá-los a outros aparelhos via Bluetooth e Wi-Fi. Um problema que quase não é discutido entre os usuários é as eventuais vulnerabilidades desses dispositivos. Assim como qualquer outro eletrônico com o à rede, vibradores podem sofrer ataques hacker. Dessa forma, modelos que foram lançados sem ar por um teste de segurança estão mais vulneráveis.
Recentemente, um aparelho de castidade foi invadido e os criminosos cobraram 0,02 bitcoin para liberar o uso, o equivalente na época a R$ 1.440. Caso os usuários não pagassem a quantia, a ameaça era de não destravar o dispositivo e até mesmo estragá-lo. Por isso, o TechTudo reuniu os principais riscos e cuidados a se tomar com o seu vibrador inteligente.

Principais riscos dos vibradores inteligentes
Os vibradores inteligentes correm riscos de invasão assim como outros aparelhos eletrônicos. Isso é possível, entre outros fatores, devido à falta da criptografia de ponta a ponta, que poderia evitar a entrada de hackers na conexão com outros dispositivos. Quando a empresa não criptografa corretamente o brinquedo sexual, o usuário fica vulnerável à entrada de qualquer cibercriminoso.
Outra prática que pode acontecer é da invasão dos aplicativos de vibradores inteligentes pela internet. Com interfaces pouco otimizadas para a segurança do consumidor, muitos hackers aplicam um ransomware e sequestram os dados dos usuários. Para tê-los de volta, é pedido um resgate, geralmente em dinheiro, mas pagar o valor não garante que as informações realmente serão devolvidas.
Por isso, os principais riscos não são apenas a perda do aparelho invadido pelos hackers, mas também o vazamento de dados sensíveis do usuário. Informações como nome, endereço, faixa salarial e até F ficam vulneráveis caso o vibrador inteligente não esteja bem assegurado.

O que não fazer com vibradores inteligentes
As principais características que tornam os vibradores inteligentes vulneráveis são a conectividade por Bluetooth e Wi-Fi pouco otimizadas. Funções de multimídia, bate-papo em grupo ou controle remoto que funciona por Wi-Fi podem ser a porta de entrada para os hackers invadirem o aparelho.
Na hora de usar qualquer brinquedo sexual, os usuários devem evitar fazer algumas ações. A primeira delas é entrar em redes desconhecidas, já que podem esconder armadilhas preparadas por hackers. Além disso, é importante não ar conexões públicas, pois os dados da pessoa ficam expostos e qualquer usuário mal intencionado pode conseguir usá-los.

De preferência, evite comprar brinquedos sexuais com preços muito abaixo do mercado. Isso pode deixar escancarado que existe algum problema com o dispositivo, inclusive em relação à segurança das suas informações e do próprio dispositivo.
Principais cuidados com os vibradores inteligentes
Por falar sobre o que evitar, existem também alguns cuidados especiais que vão ajudá-lo a não cair em cibercrimes ligados ao seu vibrador inteligente. O primeiro deles é avaliar reviews dos usuários, que mostram como funciona o aparelho e descreve se ele é realmente seguro ou não.
Os usuários também precisam tomar alguns cuidados na hora de usar os órios. Quando o vibrador inteligente tem aplicativos com anúncios, evite clicar em links estranhos. Essa prática pode facilitar a entrada de um hacker no brinquedo sexual ou até mesmo no smartphone. O sequestro de dados ou o vazamento de informações sensíveis muitas vezes acontece dessa forma.

Por fim, procure saber se a conexão do aparelho é criptografada. Na divulgação oficial feita pela empresa, pode existir esse tipo de informação. Embora o ataque hacker a vibradores não seja tão comum, é importante tomar precauções para não cair nas mãos de criminosos.
Com informações de ZDNet e We Live Security